sábado, 15 de dezembro de 2012

Abandono Cemitério do Doutor Arnaldo serve de refúgio para usuários de drogas


Abandono
Cemitério do Doutor Arnaldo serve de refúgio para usuários de drogas
Mogi News constatou que o local, em Jundiapeba, está abandonado e repleto de mato entre as sepulturas
Luana Nogueira
Da Reportagem Local
Erick Paiatto

O cemitério do Hospital Dr. Arnaldo, em Jundiapeba, não conta com portões e o acesso é livre; o mato toma conta do local
A situação de abandono do cemitério do Hospital Doutor Arnaldo Pezzuti Cavalcanti pode ser vista por toda a parte da área que por muitos anos recebeu os corpos de pacientes mortos com hanseníase da unidade. O espaço, que fica na estrada das Varinhas, em Jundiapeba, chama a atenção das pessoas que passam pelo endereço. Os moradores do entorno reclamam que o lugar que seria de "descanso" para os mortos, tem se tornado refúgio para usuários de drogas.

Para entrar no cemitério não é preciso se identificar e nem seguir horários. O lugar não conta com portões e o acesso é livre pelas cercas e muros quebrados. O mato já tomou conta da área e os túmulos ficam escondidos no meio da cena de abandono. O ajudante-geral, Alex Júlio Wildmann, de 23 anos, disse que há muitos anos o local está esquecido. "Lembro de passar aqui com sete anos de idade e o cemitério já estava em situação precária. Faz muito tempo que precisa de reparos", avaliou.

Ele contou que além da situação precária em que o cemitério se encontra, muitas pessoas se aproveitam disso para usar drogas. "Criminosos roubam pelo bairro e vêm o cemitério para se esconder. Já vi pessoas até fazendo sexo lá", acrescentou. O ajudante-geral pede que o lugar passe por uma manutenção. "Ele precisa ser arrumado, faz muitos anos que ele está nesta situação", ressaltou.

A dona de casa, Joserlandyr Maria Pereira Gomes de Barros, 33, acredita que o local deveria receber mais cuidados. "As pessoas que foram enterradas lá eram doentes. Falam até que o solo está contaminado, mas não sabemos se é verdade", disse. 
Ela lembrou que pelas condições em que o cemitério está hoje, nenhuma família pode visitar os parentes que estão enterrados lá. "Não é possível nem limpar os túmulos. Está tudo sujo e largado. É preciso um pouco mais de respeito com as pessoas que estão enterradas. Os cemitérios da cidade são todos arrumados só este está nessa situação precária", ressaltou. Joserlandyr destacou ainda que o espaço faz parte da história da cidade. "É muito antigo e por isso mesmo deveria ser cuidado", avaliou.

Por meio de assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Saúde, o Hospital Doutor Arnaldo Pezzutti Cavalcanti informou que o cemitério está desativado há 35 anos. Porém, o hospital continua realizando constantemente a manutenção do local, o que inclui a limpeza da área e o corte da vegetação. Vale ressaltar que, por ser um local público e aberto à população, eventualmente é usado por cidadãos para rituais religiosos. Porém, nos casos de avarias, imediatamente os reparos são providenciados. Portanto, de maneira nenhuma é verdadeira a informação de que o cemitério esteja "abandonado".

Fonte:Mogi News