5ª Vara CívelAutoridades criticam adiamento
Daniel Carvalho
Falque: "Desorganização"
A demora na aquisição de duas impressoras pelo Tribunal de Justiça (TJ), o que fez com que a instalação da 5ª Vara Cível no Fórum de Mogi das Cruzes fosse adiada para 2013, gerou revolta entre advogados e autoridades da cidade.
A situação, segundo denunciou o Mogi News na edição de ontem, é consequência da suspensão de um processo licitatório, por motivos que ainda não foram revelados. Cada equipamento custa, em média, R$ 600.
O secretário-geral da 17ª Subseção de Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Mogi, Ademir Falque, classificou a situação como "absurda". "É o resultado de falta de planejamento e desorganização da atual administração do TJ, que deveria ter constado esses equipamentos no orçamento de 2012 e aberto a licitação há muito tempo atrás", criticou.
"Não estou surpreso com a notícia. Afinal, se nem o processo digital funciona a contento, e foi imposto às pressas, demonstrando falta de planejamento, o que esperar de algo tão simples como a compra de um equipamento essencial para a instalação e uma Vara?", ironizou Falque.
O deputado estadual Luiz Carlos Gondim Teixeira (PPS), por sua vez, alegou surpresa com o adiamento da implantação da 5ª Vara. "Algum tempo atrás, estive reunido com o presidente do Tribunal de Justiça (desembargador Ivan Sartori), que me garantiu que a instalação da 5ª Vara seria feita até o fim deste ano, assim como o andamento dos processos para a criação da 6ª Vara e outras mais, tanto no Fórum de Mogi quanto no de Brás Cubas. Mas, se tudo isso depende da compra de impressoras, podemos verificar o que pode ser feito para resolver essa situação: quem sabe uma doação... O que não pode ficar é tudo parado", disse o parlamentar.
O prefeito em exercício, José Antônio Cuco Pereira (PSDB), lamentou a notícia. "É realmente triste saber que a falta de um equipamento tão simples pode prejudicar toda uma luta de ter uma Vara e desafogar o Fórum de Mogi, porém, em administração pública, é assim mesmo, precisa ter licitação. Se uma empresa concorrente contesta algo no processo, aí tudo para e não tem outra alternativa a não ser esperar". (N.A.)
Fonte:Mogi News
