quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Afinal, o que vai mudar?


Afinal, o que vai mudar?
A diversidade de ideias marcará o debate no plenário da Câmara de Mogi no ano que vem; serão 23 vereadores, entre novatos, experientes, de direita e de esquerda
A maior curiosidade das eleições foi sanada, enfim, no último domingo: a nova formação da Câmara de Vereadores para 2013. Dos atuais 16 vereadores, dez se reelegeram e outros 14 - sim, porque no ano que vem serão 23 vereadores - são novidade. Destes, Antonio Lino, Sadao Sakai, Cláudio Miyake, mesmo que na suplência, Taubaté e o pastor Roberto de Jesus Valença, já experimentaram a cadeira do poder. Oitos dos eleitos nunca ocuparam cargo político. E talvez esteja neles a grande esperança de oposição tão alardeada por especialistas em política. Claro que, guardadas as devidas proporções, é possível reduzir este número a quatro nomes apenas ou dois, pode ser. São aqueles que prometeram durante a campanha, mudar os rumos da cidade e da política, se é que isso será possível de verdade. 
Fato é que, independentemente se o vereador é da oposição ou da situação, ele foi eleito para servir a população, legislar pelas pessoas e defender os interesses do cidadão, que fique muito bem claro. Mas fazer política não é tão simples assim. É preciso entender o que está nas entrelinhas. Quando se fala em oposição, não se trata de quebrar as regras da Casa de Leis e sai por aí falando sem razão das ações do prefeito com ataques pessoais e ofensas. Muito pelo contrário, uma bancada de oposição digna é aquela que trabalha em parceria com os interesses da população, de forma clara perante o Executivo e não diz amém para tudo. 
E como se faz oposição? Basta discutir os projetos, ouvir o cidadão, aperfeiçoar as propostas com novas ideias, fazer críticas construtivas, fiscalizar obras, apontar os defeitos do Executivo, enfim, sem interesses políticos, outro ponto complicado. Isto é extremamente saudável, é a função do vereador. Resta saber, agora, quem de fato assumirá este papel. Esta é a grande expectativa a partir do ano que vem, que nada mais é do que assumir as promessas de campanha. Com as redes sociais pipocando a todo momento e em tempo real, a cobrança da eleitor será muito maior com certeza.

Ainda sobre os resultados das eleições, é preciso, neste espaço, tecer alguns comentários. Karina Pirillo, da ONG Adote Já, conquistou mais de 5 mil votos e será vereadora de uma causa só, segundo ela mesma disse em várias entrevistas. Tudo bem, os animaizinhos abandonados merecem todo cuidado esta causa toca os mais duros corações, mas ela tem a responsabilidade ética, como vereadora, de legislar com o mesmo empenho para todos, cachorros, gatos, crianças, trabalhadores, idosos e jovens. Caio Cunha, além de utilizar muito bem a rede social, ganhou a admiração de centenas de pessoas ao postar uma foto em que recolhia os santinhos de outros candidatos que emporcalhavam as ruas e durante a campanha, foi enfático no discurso da mudança. 

E o PR elegeu cinco vereadores , o deputado federal mogiano Valdemar Costa Neto, o Boy ,quem gosta da turma do Valdemar vai com ele até o fim, na alegria e na tristeza, na saúde ou na doença. Ou o sucesso nas urnas pode revelar também o quanto o eleitor é desinteressado quando o assunto é política e que, na hora do voto, o que vale mesmo são as pessoas e não o partido.

Assim, o ano que vem promete grandes emoções na Câmara de Mogi. Os novatos precisarão de muita perspicácia. E sorte.