Mensalão: FHC diz que houve crime
SEG, 06 DE AGOSTO DE 2012 18:18
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FHC aposta na condenação dos envolvidos no escândalo do mensalão / Foto Arquivo
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou nesta segunda-feira (6) que, após a acusação feita pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, o STF (Supremo Tribunal Federal) não poderá fazer uma "absolvição geral".
Ele disse que a corte deve ter "serenidade" ao julgar o caso. Mas afirmou: "Houve crime".
"Diante do que eu ouvi do procurador, não dá para pensar que vai haver absolvição geral", disse ele no Congresso da Abad (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados), no Riocentro.
FHC evitou citar nomes e responsabilizar os envolvidos. Disse que cabe aos ministros do Supremo analisar quem é culpado e qual pena deve ser imposta.
"Ainda mais depois do que ouvi do procurador-geral da República. Houve crime. Crime tem de ser punido. Agora, quem é o criminoso e o grau de punibilidade, só quem tem os autos na mão deve saber. Não vou aqui me meter a julgador que não tem os elementos para julgar", disse.
Para o tucano, Gurgel deu elementos necessários para provar os supostos crimes cometidos no mensalão. O procurador-geral da República "foi bastante convincente", disse o ex-presidente.
"Não sou advogado mas tenho uma certa experiência de vida. Ele foi bastante convincente. Deu mais do que indícios. Demonstrou que houve crime."
Apesar de ver rivais políticos no banco dos réus, FHC afirma não ser confortável julgar "pessoas que tinham influência na vida pública".
Eleições
FHC afirmou que o bom desempenho de Celso Russomanno (PRB) nas primeiras pesquisas eleitorais deve-se a sua participação em programas populares. O ex-presidente disse que apenas depois do início do programa de TV pode-se ter a real dimensão da força do candidato.
"No primeiro momento a população vai inclinar-se para aquele que conhece mais. Só vamos saber como vão as coisas depois do programa de televisão, que é quando o povo abre os olhos", disse FHC. (Italo Nogueira / Folhapress)
Fonte:O Diário de Mogi
