quinta-feira, 12 de julho de 2012

Idosa é atacada e morta por onça




Segundo polícia, onça pode ter se sentido ameaçada e atacou a mulher / Foto Divulgação


Em um caso raro, uma mulher de cerca de 80 anos foi atacada e morta por uma onça parda na zona rural de São Jorge d'Oeste, no sudoeste do Paraná.
O ataque ocorreu no final de junho, mas apenas nesta semana um laudo das pegadas e das mordidas no corpo da vítima certificou que o animal era uma onça.
Segundo a Polícia Ambiental, é muito difícil que esse tipo de animal ataque uma pessoa.
"É um animal que dificilmente tem contato com o ser humano. A atitude mais normal dele, quando encontra alguém, é fugir", afirma o tenente João Serpa, comandante do Batalhão de Polícia Militar Ambiental do Paraná.
A onça, que ainda está solta pela região, mede cerca de 1,5 metro de comprimento e pesa entre 50 e 60 quilos. "Ela se compara a um cachorro de grande porte, tipo um pastor alemão", diz Serpa. O animal é silvestre e típico do local.
Para o tenente, a explicação mais provável para o ataque é que a onça fosse uma fêmea e estivesse protegendo seus filhotes. "Pode ser que a mulher tenha visto os filhotes, tenha feito alguma coisa com eles ou tenha chegado muito perto", diz.
A vítima, Joana Bordin, era moradora de um sítio e havia saído para pegar lenha. Ela sofreu arranhões profundos e também foi mordida pelo animal.
A Polícia Ambiental deslocou dez homens para a região para tentar capturar a onça. Para Serpa, a chance de que ela ataque novamente é pequena, mas pode acontecer, sobretudo se ela se sentir acuada ou ameaçada.
Alguns moradores do município, temerosos, também organizaram uma "caçada" à onça - o que é desaprovado pela polícia.
"Não é ele [o animal] que está invadindo nosso espaço: somos nós que estamos invadindo o espaço dele", diz o tenente. Segundo ele, quando for capturada, a onça será enviada para o Parque Nacional do Iguaçu. (Estelita Hass Carazzai /Folhapress)


Fonte:O Diário de Mogi