terça-feira, 26 de junho de 2012

Eleições Alianças se estreitam




Partidos e candidatos ainda buscam coligações para sustentar candidaturas, e outros ainda buscam candidatos para a eleição
Jamile Santana
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho
Gondim ainda não decidiu se lança a candidatura, Soares sai pelo PT e o PSOL, que lança Jorge Paz, já fez sua convenção
O PCB realiza hoje, das 10 às 12 horas, uma convenção para oficializar a candidatura do jornalista Mário Berti ao cargo de prefeito. Esta é a terceira vez que ele disputa uma eleição municipal na majoritária. No dia 30, a coligação PT - PTB realiza sua convenção na escola municipal Coronel Almeida, no centro de Mogi para apresentar os candidatos da chapa que apoiará a candidatura do advogado Marco Soares. No dia 30, o PPS, do deputado estadual Luiz Carlos Gondim, que ainda não decidiu se disputa ou não a eleição para prefeito, realiza convenção com o PRTB na Câmara. Entre os partidos de oposição à reeleição de Marco Aurélio Bertaiolli (PSD) e a coligação com o PSDB que une outros 15 partidos, apenas o PSOL, que lancará Jorge Leonardo Paz junto ao PSTU, já realizou uma convenção.


Além destes partidos, outros três ainda devem decidir se vão se coligar e quem irão lançar como candidatos. É o caso dos nanicos PMN, que tem convenção marcada para o dia 30 de junho na Câmara, além do PPL. O PT do B, de Flávio Isaías também deve decidir o futuro da campanha até a próxima sexta-feira. "Estou deixando em aberto e esperando as convenções terminarem para decidir como o partido fica. A tendência é de que apoiaremos Marcos Soares pelo PT, mas isso também vai depender do número de candidaturas nas proporcionais. O partido também pode lançar candidato à vereador sozinho, sem apoiar candidatura na majoritária nenhuma. Neste caso, eu sairia vereador e só", explicou Rodrigues. 
A cientista política da Universidade Federal de São Carlos, Maria do Socorro Souza Braga, avaliou as coligações no município. Segundo a especialista, a cidade se organiza de forma mais conservadora, visto a coligação PSD-PSDB que reuniu 17 partidos, um marco na história política da cidade. "Isto configura uma cultura política do município conservador de centro-direita. A situação enfraquece a oposição, que fica sem opções para se fortalecer e conseguir apoio de partidos importantes e representativos", avaliou. 
A formação do "chapão" também reduz a capacidade dos partidos de oposição no tempo de propaganda eleitoral na TV. (Leia mais nesta página) "Esta situação exige um esforço maior da oposição, que deverá trabalhar estratégias de campanha eficazes para conseguir diluir os votos da coligação que já está na posição de governo. O PSD, por outro lado, já deve começar a costurar os acordos entre os partidos quanto aos cargos de secretários, por exemplo, o que pode trazer mudanças na organização atual do município", concluiu a especialista.


Nestas eleições, os partidos que por ideologia ou histórico seriam de oposição (PC do B, PP e DEM) se uniram ao PSD. Nas eleições de 2008, o vereador e presidente do diretório municipal do PC do B, Jean Lopes, elegeu-se com base em uma campanha de oposição ao governo Junji Abe na época PSDB, de direita assim como PSD. Hoje, ele se mostra otimista com a parceria. 
Já o apoio do PP veio de um "mal entendido" com o PT mogiano, segundo o presidente da legenda, Gustavo Ferreira. "Nós tínhamos um trato com o PT e o PTB de escolher os candidatos que representariam a coligação de forma democrática, e isso não aconteceu internamente", justificou. 
O DEM, que é representado por Alvarindo Vicente de Souza, o Zig Zag, manteve o apoio ao atual prefeito, que saiu da legenda para integrar o PSD, apesar de todos os desdobramentos negativos entre os partidos em São Paulo durante a criação da legenda.


Fonte:Mogi News