Denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes derrubaram ministro e atrasaram as obras em Mogi
Noemia Alves
Da Reportagem Local
Divulgação
Bertaiolli e Gleise conversaram sobre os viadutos semana passada durante audiência em Brasília
A direção do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit) confirmou ontem a reabertura do processo licitatório de várias obras viárias no país, entre elas da empresa que irá fiscalizar as obras de construção dos viadutos sobre a linha férrea em Mogi das Cruzes. Segundo a Assessoria de Imprensa do órgão, vinculado ao Ministério dos Transportes, em breve deve ser publicado o edital com datas de abertura dos envelopes com documentos e propostas comerciais.
A previsão inicial era de recebimento e análise das propostas em 19 de julho do ano passado. Contudo, em razão de denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes que resultaram na queda do então ministro Alfredo Nascimento, do PR, comandado no País pelo deputado federal mogiano Valdemar Costa Neto, o Boy, o certame foi suspenso no dia 7 de julho até então.
Na semana passada, o prefeito Marco Aurélio Bertaiolli (PSD) esteve reunido com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleise Hoffmann, em Brasília, para tratar do assunto e recebeu prazo de 30 dias para areabertura do certame. No site do Dnit, porém, consta que a licitação foi reaberta.
Segundo o Dnit, estão previstos investimentos de R$ 2.448.402,03 para elaboração de serviços técnicos especializados para supervisão das obras para implantação de viadutos ligando a avenida Cavalheiro Nami Jafet e a rua Professor Floriano de Melo e outro a ser implantado em Jundiapeba. Trata-se de uma licitação em lote único, isto é, a mesma empresa que realizará a fiscalização da obra também ficará responsável pelo projeto executivo, uma espécie de relatório dos cálculos das obras, incluindo as desapropriações. O contrato entre Dnit e empresa vencedora será de 300 dias.
O consórcio SPA/Tejofran/Convap é que deverá realizar a construção dos viadutos, orçados em R$ 48 milhões. Segundo levantamento prévio feito pela Prefeitura de Mogi, ao menos 57 imóveis na chamada "linha da obra" em Jundiapeba e na Vila Industrial devem ser desapropriados.
Fonte:Mogi News
