sexta-feira, 30 de março de 2012

Caso jet ski Quatro são indiciados pela morte da menina Grazielly


Delegado-seccional de Santos encerrou a investigação da morte da criança em Bertioga
Deize Batinga
Da Reportagem Local
Jorge Moraes

Zé Cardoso, dono do jet ski, é um dos quatro indiciados pela morte de Grazielly, na praia de Bertioga
Quatro pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil pela morte da pequena Grazielly de Almeida Lames, de 3 anos. Ela morreu no dia 18 de fevereiro, na praia de Guaratuba, em Bertioga, depois de ser atingida na cabeça por um jet ski desgovernado. Além do dono da embarcação, o empresário José Augusto Cardoso Filho, o Zé Cardoso, são acusados de homicídio culposo (quando não há intenção de matar) o caseiro Erivaldo Francisco de Moura, o Chapolin, o dono da Náutica (mecânica onde o equipamento passou por reparos) Thiago Veloso Lins, e o mecânico Ailton Bispo de Oliveira.


A decisão de indiciar essas pessoas foi do delegado-seccional de Santos, Rony da Silva Oliveira. Além do dono do jet ski, que teria autorizado o afilhado, um garoto de 13 anos, e o amigo dele, um estudante de 14 anos, a pilotarem a embarcação, e do caseiro, apontado como o responsável por ter levado o veículo à praia, a autoridade policial teria optado pelo indiciamento do dono da Náutica e do mecânico responsável pelo serviço de reparo feito no equipamento dias antes do acidente, porque o laudo da perícia técnica feita pelo Instituto de Criminalística (IC) teria constatado que a moto aquática estava com problemas de aceleração.


Para os advogados da família de Grazielly, o indiciamento de quatro pessoas já é um avanço no caso, isso se levar em conta que o delegado de Bertioga, Maurício Barbosa Júnior, queria encerrar o inquérito policial sem indiciar ninguém. "Só não estamos 100% contentes porque no nosso entendimento, José Augusto Cardoso e o caseiro tinham de ser indicados por homicídio com dolo eventual. Eles assumiram o risco ao entregarem a moto aquática para os adolescentes", informou o advogado Willian Amanajás, que trabalha com o criminalista José Beraldo.


MP
Ontem, o Ministério Público de Bertioga informou ao jornal O Estado de S. Paulo, por meio da promotora Rosana Colletta, que vai pedir a condenação dos adolescentes acusados de atropelar Grazielly por homicídio. A classificação do crime como doloso ou culposo, deve ser decidida pela Justiça. Caso sejam condenados, os garotos devem cumprir a pena com prestação de serviços. 


Indenização
Os advogados da família de Grazielly vão entrar na Justiça com ação de indenização por danos morais contra o dono do jet ski e os pais do adolescente. "Vamos pedir R$ 5 milhões de cada. As pessoas podem achar o valor exorbitante. Temos de nos perguntar quanto vale a vida da criança. A Grazielly podia ter um futuro brilhante. Temos de levar em conta o poder aquisitivo dos envolvidos", justificou Amanajás.


Fonte:Mogi News