sexta-feira, 30 de março de 2012

Patrimônio Última etapa para tombar Casarão é concluída


Esta era a última etapa do processo que vai tombar o imóvel; documento anterior havia sido elaborado com um erro que impedia registro no cartório
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Casarão foi construído no século XIX, onde morou a família Bourroul. Mais tarde, ele serviu de sede para várias atividades culturais
O prefeito Marco Bertaiolli (PSD) publicou um decreto ontem que oficializou o tombamento do Casarão do Carmo. Esta era última etapa para tombar em definitivo o imóvel que possuiu um grande valor histórico e cultural para o município.


Em nota, o secretário municipal de Planejamento, João Francisco Chavedar, que também é presidente do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural, Artístico e Paisagístico de Mogi (Comphap), explicou que o "o texto tem como objetivo corrigir um erro ocorrido no processo de 2008. Na ocasião, o Casarão foi tombado sem a resolução do Comphap, o que, na prática, impede o registro do imóvel no cartório, bem como a inscrição no livro-tombo. A nova publicação corrige este problema", esclarece a nota. O decreto de 2008 não tinha efeito legal.


Apesar de a "correção administrativa" ter sido divulgada somente ontem, o tombamento foi definido durante a reunião do conselho municipal, realizada em 12 de fevereiro. Os membros do Comphap aguardavam apenas esta publicação. 
A partir de agora, qualquer projeto de restauração para a parte estrutural do imóvel deverá ter prévia autorização da entidade. Janelas, portas e forro poderão ser apenas restaurados. Apenas a residência anexa poderá sofrer alterações na estrutura, porque não faz parte do conjunto de itens protegidos.


Antes de aprovar o tombamento, os conselheiros realizaram uma análise detalhada do local. Cada membro da comissão (engenheiro, arquiteto, urbanista, entre outros profissionais) apresentou um comentário relacionado à área de atuação. Após este minucioso processo, as Secretarias Municipais de Cultura e de Planejamento elaboraram um dossiê que descreviam o imóvel por meio de desenhos e arquivos fotográficos. Este trabalho possibilitou uma apreciação detalhada do que deveria ser ou não preservado.


Com o processo de tombamento do Casarão finalizado, o Comphap definiu o sistema que deverá ser seguido para todos os outros processos. O próximo imóvel a ser preservado será o Teatro Vasques.




Características
O Casarão do Carmo foi construído no século XIX, em estilo colonial, feito com taipa de pilão e taipa de mão. Ele foi utilizado durante muitos anos como residência da família Bourroul. A partir da década de 1930, abrigou diversas atividades culturais e comerciais, até ser desapropriado e restaurado pela Prefeitura na década de 1980. Desde esta época, serve como espaço para atividades culturais. Atualmente, é sede do projeto Canarinhos do Itapeti.


Fonte:Mogi News