quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Caso Suellen "Estávamos vivendo com um assassino"


Mãe da menina de 13 anos que foi violentada e morta pelo padrasto não consegue entender o crime e diz que ele tratava a jovem como filha
Deize Batinga
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

No enterro de Suellen, a mãe dela, Regina Santos Nunes, estava inconformada com o crime
O corpo da estudante Suellen Santos da Silva, de 13 anos, foi enterrado às 10 horas de ontem no cemitério da Saudade, em Brás Cubas. Ainda inconformada com o crime, a mãe dela, a técnica em raio-X Regina Santos Nunes, de 30 anos, tentava entender o que teria motivado o marido, o ajudante Pedro Nunes, 46, a ter violentado e assassinado a enteada. Ele morreu no fim da tarde de anteontem depois de voltar ao local do crime com a polícia. Até a tarde de ontem, o corpo dele permanecia no Instituto Médico-Legal (IML) à espera de um familiar.


Em entrevista ao Mogi News, Regina contou que, durante as investigações do desaparecimento da filha, nunca chegou a desconfiar de Nunes. "Todo mundo ficou chocado, ninguém esperava. Ele a tratava como filha. Nós estávamos vivendo com um assassino dentro de casa", lamentou.


A técnica só foi informada sobre a morte do marido e assassino da filha na manhã de ontem. "Não duvido que ele tenha infartado. Já tinha um tempo que ele reclamava de dores fortes no peito, palpitações, falta de ar e dor de cabeça. Eu até o orientei a procurar um médico, mas ele nunca buscou tratamento", lembrou.


Questionada sobre o corpo, que estava no IML à espera de um familiar, ela foi clara: "Já estou sofren-do muito com a perda da minha filha. Não quero nem saber o que vão fazer com o corpo dele. Agora, isso é de responsabilidade da família dele".


Durante o velório da estudante, o corpo teve de ser levado novamente ao IML, onde foram coletadas amostras para que seja constatado se Suellen sofreu ou não abuso sexual.




O caso
Suellen estava desaparecida desde sábado passado, quando foi vista pela última vez no Terminal Estudantes, em Mogi. Após três dias de investigação, a polícia descobriu que Nunes estaria envolvido no desaparecimento da enteada. Anteontem, ele confessou o crime e levou os investigadores até Biritiba Mirim, onde tinha escondido o corpo. Segundo os policiais, ao rever o corpo da vítima, ele passou mal, foi encaminhado ao Hospital Municipal Doutor Arthur Alberto Nardy, mas não resistiu. Ao que tudo indica, ele teve um ataque cardíaco.


Fonte:Mogi News