quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Sistema ferroviário Vereadores vão cobrar da CPTM melhorias para Mogi


Parlamentares viram diferenças gritantes entre os trens de Mogi e os de outras linhas
Jamile Santana
Da Reportagem Local
Marcelo Alvarenga/CMMC

Na vistoria, grupo encontrou diferenças gritantes no serviço aos usuários, por isso irá reivindicar melhorias para a linha que atende Mogi
Calor, barulho, lotação, lentidão na viagem e baldeações de se perder a conta. Estas são apenas algumas situações enfrentadas pelos usuários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) que utilizam a linha 11 - Coral (Estudantes -Luz). Na manhã de ontem, vereadores que integravam a Comissão Permanente de Transportes e Segurança Pública em 2011, Carlos Evaristo da Silva (PSD) e Expedito Ubiratan Tobias (PR), sentiram na pele as dificuldades do trajeto após percorrerem 18 estações até a linha 9 - Esmeralda, onde avaliaram investimentos feitos pela companhia no que se refere a acessibilidade, modernização do sistema e segurança dos usuários. Com as informações coletadas na vistoria, a comissão vai elaborar um relatório técnico cobrando investimentos para o trecho de Mogi das Cruzes, que será entregue ao presidente da CPTM, Mário Bandeira, durante sua visita ao prefeito de Mogi, Marco Aurélio Bertaiolli (PSD), no próximo dia 30.


A comissão também deve cobrar um posicionamento mais firme da administração municipal e da CPTM com relação às cancelas no município. Desde o dia 1º janeiro, duas delas passaram a ser operadas pela CPTM. Se extintas, as cancelas refletiriam numa diminuição no tempo de viagem de Mogi até a Luz pela metade do período que é feita hoje. "Se um trem circula em uma velocidade de 90 km/h, em trechos que tem cancela essa velocidade cai para 45 km/h, praticamente a metade. Isso sem contar o tempo que o trem demora para retomar a sua velocidade. Tudo isso reflete no tempo de viajem. A CPTM é a maior interessada em eliminar as cancelas", garantiu o coordenador-geral do Centro de Controle de Operações (CCO), Francisco Pierrini. O coordenador convidou a comissão para visitar a sede do CCO na estação Brás. De lá, foi possível monitorar a passagem de nível da rua Cabo Diogo Oliver, por exemplo.


Os vereadores passaram pela estação Villa-Lobos - Jaguaré, na linha 9 - Esmeralda. A estação tem piso podotátil que liga a unidade até o Parque Villa Lobos, além de possuir elevadores para portadores de necessidades especiais, banheiros adaptados e bilheteria blindada. O próprio trem que atende a linha é moderno: faz parte da série 7.000, com ar condicionado e painéis informativos e letreiros que dão informações aos usuários sobre as próximas paradas. 
"A diferença entre a estação de Mogi, os trens utilizados nessa linha e as condições que encontramos na capital é gritante. Vamos cobrar investimentos por parte da CPTM para melhorar a vida do usuário em Mogi", destacou o vereador Carlos Evaristo. "A CPTM tem total condição de trazer para Mogi, trens melhores, como este modelo 7.000, por exemplo. A companhia abriu uma licitação para comprar 11 novas composições como esta, e é importante que a região seja atendida", comentou Adalberto Andrade, presidente da Associação de Moradores do Jardim São Pedro e do Movimento Trem até César, convidado a acompanhar a vistoria.


Agora, os vereadores ao pedir ao prefeito solicitando que a reunião com o presidente da CPTM seja acompanhada por eles parlamentares e pela população. "É fundamental que as pessoas participem e que possam fazer seus questionamentos e reivindicações para o presidente da CPTM", destacou Carlos Evaristo. Entre os 107 mil usuários diários da Linha 11 - Coral (Luz-Estudantes) no trecho do Alto Tietê, os pedidos são os mesmos: trens mais modernos, fim da baldeação em Guaianases e a extinção das passagens de nível. "Sempre utilizo o trem para ir até São Paulo fazer exames. Enfrento lotação, empurra-empurra, e, mesmo sendo idosa, às vezes não consigo ficar nos assentos preferenciais porque faltam lugares. A CPTM precisa investir em mais trens, porque a região cresceu muito e hoje o sistema disponível não atende a demanda", defendeu Izolina Alves dos Santos, de 65 anos.


Fonte:Mogi News