A partir de hoje, as compras só poderão ser embaladas em caixas de papelão ou sacolas retornáveis; consumidores ainda estão se adaptando
Luana Nogueira
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho
Charlene: "Antes as sacolas não existiam. Estou me acostumando ainda à norma, mas será difícil"
As sacolinhas plásticas não serão mais distribuídas de forma gratuita nos supermercados do Estado de São Paulo. O acordo feito pela Associação Paulista de Supermercados (Apas) com o governo estadual começa a valer a partir de hoje. Segundo representantes de estabelecimentos de Mogi das Cruzes, os consumidores já começam a se adaptar às novas regras. Ontem, já era possível encontrar em diversas lojas caixas de papelão para que os clientes acondicionassem as compras.
Alguns relatos revelam que o mogiano acredita que o motivo da retirada das sacolinhas dos mercados é justificado pela preservação do meio ambiente, mas a adaptação à nova condição será difícil. Muitas donas de casa foram aos supermercados na manhã de ontem munidas de sacolas retornáveis, outras optaram pelas caixas de papelão. No entanto, boa parte dos consumidores aproveitou o último dia da distribuição de sacolinhas para levar algumas para casa e aproveitá-las para acondicionar o lixo doméstico.
A ajudante geral Charlene Fidelix, de 30 anos, contou que está em processo de adaptação. Ela colocava parte das compras em sacolinhas e o restante nas caixas de papelão. "Estou me acostumando ainda, mas será difícil. Teremos de nos adequar à nova realidade. Já vivíamos sem sacolinhas, agora vamos ter de reaprender", destacou.
Algumas pessoas apontaram o inconveniente de carregar as compras em sacolas retornáveis, por causa do peso excedente dos produtos. Este foi o caso da aposentada Maria Antonia dos Santos, 76, que reclamou da dificuldade de carregar as mercadorias. "Com as sacolinhas dava para equilibrar o peso das compras levando uma em cada braço, mas agora ficou mais difícil com as bolsas retornáveis", acrescentou. Ela informou que é a segunda vez que leva a sacola para as compras.
A dona de casa, Maria Takahashi, 40, diz que está preparada para mudar os hábitos, pois, segundo ela, sempre utilizou as sacolas retornáveis para fazer as compras. "Morei fora do País e sempre usávamos as sacolas retornáveis, quando voltei continuei com o costume", contou.
O gerente do setor de alimentos de um supermercado da Vila Partênio, Jeziel Brito Ruas, 29, informou que os clientes estão se adaptando bem à retirada das sacolinhas. "A partir de amanhã (hoje) não daremos mais nenhuma sacola.
Já estamos oferecendo as caixas de papelão e vendendo as sacolas retornáveis. As pessoas que quiserem podem ainda comprar as sacolas compostadas ao custo de R$ 0,19", esclareceu.
Fonte:Mogi News
