quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Mogi reduz geração de emprego


SETOR DE SERVIÇOS Empresas de telemarketing têm alta rotatividade


LUCAS MELONI



Mogi das Cruzes registrou, em dezembro passado, a criação de 3.269 novos empregos com carteira assinada. Porém, no mesmo período, foram 4.371 demissões. O setor de serviços foi o principal responsável pelas contratações e também pelas dispensas na Cidade.


Os dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, apresentados na tarde de ontem. O ano de 2011 terminou com saldo de 1.102 postos de trabalho a menos, o que representa uma queda de -1,17%.


O setor que mais contratou em Mogi foi o de serviços, com 1.429 vagas. A área também registrou o maior número de demissões no mês: 2.048. Já para o comércio mogiano, a situação foi um pouco mais positiva, graças às compras de Natal. Houve 1.077 admissões e 977 baixas na carteira profissional.


Em novembro, a Cidade registrou 4,8 mil contratações e 4.154 demissões. A pesquisa divulgada pelo Ministério do Trabalho aponta, também, alguns setores de mercado com forte recessão, como a agropecuária. Apesar de ser conhecido pela produção agrícola, o Município dispensou 137 pessoas e repôs apenas 77.


Já a construção civil demitiu mais trabalhadores do que contratou. Ao todo, 697 funcionários de obras foram desligados de suas funções, enquanto 424 conseguiram inserção no setor.


Para o secretário municipal de Desenvolvimento, Marcos Damásio, os números muitas vezes não refletem a real situação da economia de Mogi. "As expectativas para os próximos anos são muito boas. Pego como exemplo o caso do Assaí inaugurado hoje (ontem) e que contratou 252 pessoas e emprega indiretamente outras 500. Há expectativa também para a chegada de grandes indústrias aqui, o que vai auxiliar muito o mercado de trabalho", afirma.


O responsável pela Pasta destacou, ainda, o desempenho da Cidade nos últimos tempos. "Somos a 18ª economia do Estado de São Paulo e a 59ª no PIB. São números muito bons. A pesquisa não me preocupa, já que tem muita oscilação. Olhando para estes dados, deduzo que a maior queda deva ter sido em serviços. Isso pode ser explicado por empresas como a Tivit, por exemplo, que tem um número de rotatividade de postos de trabalho alta", acrescenta o secretário.


O estudo do Caged mostra ainda que durante todo o ano, mais de 53.245 pessoas foram admitidas para trabalhar na Cidade. Já outras 49.239 receberão demissão, deixando o Município com saldo positivo anual de 4.006 empregos.


De acordo com Damásio, a área da construção civil é uma das que podem se destacar nos próximos meses. "Isso ocorre por conta de todas as empresas que vão se instalar aqui em Mogi. Algumas ainda não chegaram, mas vão aquecer a construção civil. E tem o exemplo do Mogi Shopping,que passará por ampliação e contratará muitos trabalhadores para isso", finaliza.


Fonte:O Diário de Mogi