terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Duplicação:Obras na Mogi-Guararema terão início neste mês, garante Estado Serviço orçado em R$ 48 milhões prevê construção de ao menos seis rotatórias ao longo de 36 quilômetros

Noemia Alves
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Estrada está atualmente com vários problemas: buracos, ondulações e desnível no acostamento, que aumentam o risco de acidentes com veículos
O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) garantiu que ainda neste mês serão iniciadas as obras de melhorias e duplicação da rodovia Henrique Eroles, conhecida como rodovia Mogi-Guararema (SP-66). Por meio de nota, o órgão, vinculado à Secretaria de Estado dos Transportes, informou que o processo licitatório para contratação da empresa que irá realizar os trabalhos, orçados em R$ 48 milhões, está na reta final com análise da documentação das empresas classificadas no certame: MWE Pavimentação, Compec Galasso e Firpavi. A divulgação da empresa vencedora da licitação será feita, segundo o DER, nos próximos dias, por meio de publicação oficial.


O cronograma de serviços prevê a construção de até pelo menos seis rotatórias ao longo dos 36 quilômetros de extensão da via que liga as cidades de Mogi, Guararema e Jacareí. Também serão realizados outros serviços, como recapeamento da pista, pavimentação de acostamentos, implantação de faixas adicionais em alguns trechos, além de outras melhorias. O trecho municipal da SP-66, denominado como avenida Francisco Rodrigues Filho, também será receberá serviços de ampliação. A expectativa é de que os trabalhos tenham início no quilômetro 4,5, que começa no trevo que dá acesso a César de Souza e corta o Botujuru. O projeto também prevê a correção de curvas nos quilômetros 73,3 e 75,9.


Ontem o Mogi News percorreu alguns trechos da estrada e comprovou problemas de rachaduras e ondulações, causadas por recorrentes serviços de tapa buraco, no trecho que liga o distrito de César de Souza ao bairro, além de desnivelamento entre as pistas e acostamento. É o que acontece na altura do trecho localizado próximo ao Restaurante Caipirado, entre os bairros Vila Suíssa e Botujuru. Lá, apesar de a avenida Francisco Rodrigues Filho ser uma reta, o motorista que precisar fazer alguma parada emergencial, especialmente no sentido bairro-centro, terá de ter cuidado porque o acostamento tem uma diferença de quase dez centímetros da pista.


Na mesma região, porém, no sentido contrário, o risco é por conta do vazamento de esgoto, que escorre em abundância e oferece o risco de aquaplanagem. O problema também dificulta a identificação prévia (por parte do motorista) de existe buraco naquele trecho. 
Apesar de a velocidade máxima permitida ser 60 km/h naquele trecho, a reportagem constatou que muitos veículos passam acima de 80 km/h. Um pouco mais adiante, na altura da entrada para o bairro - acesso para avenida Felipe Sawaya e na região do centro comercial do Botujuru -, o maior problema é a imprudência dos motoristas. Muitos veículos que precisam acessar a via, principalmente para ir a Mogi, têm de atravessar a pista na contramão, o que geralmente é feito com aproximação de outros veículos. Em cerca de meia-hora, a reportagem flagrou ontem pelo menos cinco situações de risco de colisões ou atropelamentos. 
Morador há 30 anos do Botujuru, Ovideo Rodrigues Moreira já perdeu as contas dos acidentes que presenciou à beira da estrada. "O radar (instalado próximo ao centro comercial do bairro) já ajudou a diminuir os acidentes, por abuso de velocidade, mas as ultrapassagens perigosas ainda continuam. E se tiver a duplicação mesmo, com certeza ficará melhor", disse. 
Para os moradores das margens da via, o idoso pede melhorias para acostamento. "Apesar de aberto e largo, há muitas pedras que acabam por desequilibrar o ciclista ou furar pneu. Pode até ser de terra batida, mas precisa ser um pouco melhor", sugere. De acordo com a Prefeitura, trafegam cerca de 900 carros por hora, em média, no trecho urbano da Mogi-Guararema.


Fonte:Mogi News