sábado, 21 de janeiro de 2012

Dilma manda apurar morte de servidor


BRASÍLIA



A presidente Dilma Rousseff pediu providências ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na apuração da suposta omissão de socorro ao secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, que morreu vítima de um infarto anteontem. Ele era responsável por negociar o reajuste salarial dos servidores federais e, nos últimos dias, tentava conter ameaça de greve geral do funcionalismo programada para março. Duvanier foi sepultado ontem em São Paulo, no Cemitério de Congonhas.


A informação de que pode ter havido negligência médica no atendimento a Duvanier chegou à presidente na noite de quinta-feira, após reunião setorial sobre as ações do governo nas áreas de Saúde e Educação.


Em nota, o Ministério da Saúde afirma que acionou a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a Polícia Civil do Distrito Federal e o Conselho Federal de Medicina (CFM). "O Ministério da Saúde reafirma que nenhum serviço ou profissional de saúde pode negar socorro, inclusive com sentenças jurídicas já estabelecidas a este respeito", afirma o documento.


A Resolução 44/03 da ANS proíbe a cobrança de caução na prestação de serviços pelos hospitais e clínicas credenciadas pelas operadoras de saúde.


Na madrugada de quinta-feira, Duvanier teria sido levado aos hospitais Santa Lúcia e Santa Luzia - instituições particulares que lhe teriam supostamente negado atendimento, porque não atendiam o convênio dele e ele não teria um cheque para deixar como caução para garantir o pagamento dos serviços. Por fim, ele chegou ao Hospital Planalto, mas o quadro estava avançado e os médicos não conseguiram reanimá-lo. A ANS não verificou nenhuma infração por parte do plano de saúde GEAP - Fundação de Seguridade Social, que atende os servidores públicos federais. A Delegacia de Defesa do Consumidor da Polícia Civil do Distrito Federal abriu inquérito para investigar a suposta omissão de socorro e já começou a ouvir os funcionários dos hospitais envolvidos no episódio.


Fonte:O Diário de Mogi