LAÉRCIO RIBEIRO
O delegado Marcos Batalha, titular do Distrito Central, disse na tarde de ontem que já requisitou a prisão preventiva ao juiz Gióia Perini de dois dos envolvidos nos ataques praticados contra o Fórum de Mogi das Cruzes em maio e novembro do ano passado. Os bandidos Marcos Lopes de Siqueira Júnior, o "Júnior Gordão", de 45 anos, e Linduarte Silva e Sena, de 35 anos, irão responder pelo furto de 82 armas apreendidas e formação de quadrilha ou bando.
"Eu havia requisitado a prisão temporária, mas agora pretendo que fiquem presos até serem sentenciados", disse Batalha, que segue nas investigações com sua equipe.
Com o criminoso "Júnior Gordão", os policiais também prenderam, no final de dezembro, na zona leste da Capital, Carlos Barbosa, de 40 anos, já indiciado apesar de não participar diretamente do furto e roubo cometidos no Fórum.
Em novembro,"Gordão" retornou a Mogi e ficou do lado de fora do Fórum, sendo que o comparsa Allan Rodrigues Mendes, de 21 anos, chegou a disparar sua arma, baleando a psicóloga Juliana da Conceição Velloso, de 33 anos, e o segurança João Farias de Oliveira, de 61 anos.
O acusado foi preso em flagrante. Confessou, de acordo com o delegado Batalha, que já trabalhou no Fórum de Mogi como auxiliar de limpeza. Por isso, ele tinha as chaves do prédio.
"Em maio, ele estava com Marcos e Linduarte quando levaram 82 armas, de diversas marcas e calibres", ressaltou o delegado Batalha. "A Polícia recuperou duas armas, sendo que as demais, muitas que nem funcionavam, foram vendidas pelo bando".
Nas investigações, os policiais ainda detiveram Marcelo Carvalho, o "Marreta", de 40 anos, que foi indiciado. As buscas prosseguem, garante o titular do Distrito Central. Ele entra segunda-feira em férias, mas falou que pelo menos dois dias vai comandar sua equipe na tentativa de prender outros integrantes da quadrilha, que seria integrada por 10 criminosos.
Para a autoridade, os marginais são perigosos e envolvidos em vários crimes. Cita como exemplo a tentativa de furto nos caixas eletrônicos do Banco Santander, na Rua do Oratório, na Moóca, em São Paulo. Os advogados de "Júnior Gordão" e Carlos Barbosa já tentaram inutilmente a revogação de seus mandados de prisão temporária.
Fonte:O Diário de Mogi
