Juarez Pereira, então titular de Ferraz, e seu assistente Fernando Gomes, diretor da Ciretran, chegaram a ser presos durante a Operação Carta Branca, desenvolvida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado), do Ministério Público, integrantes da Corregedoria da Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal e Secretaria de Estado da Fazenda.
Na época, mais 16 participantes da quadrilha foram capturados, sendo que 17 autoescolas estavam envolvidas na venda de carteiras. O negócio se estendia a 11 cidades do Estado de São Paulo e Minas Gerais.
O grupo foi apontado em relatório com 145 páginas, elaborado pela Corregedoria da Polícia Civil, como participante da venda de 200 mil CNHs. O documento enviado ao Conselho da Polícia Civil destacava que foi provada "a existência de organização criminosa responsável pelos crimes de falsidade ideológica na expedição de CNHs, corrupção ativa e passiva, improbidade administrativa e formação de quadrilha".
No seu decreto, o governador Alckmin ainda cassou as aposentadorias do delegado Juarez Pereira e do investigador Aparecido Santos. Há informações de que os condenados irão recorrer da decisão. Eles ainda respondem a processos na esfera penal. Em breve, outros policiais acusados de ganhar muito dinheiro com a venda de carteiras também irão tomar conhecimento do resultado dos seus processos administrativos.
Fonte:O Diário de Mogi
