quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Não ao Lixão Covas garante análise de relatório

Palavra do secretário é de que não haverá audiência enquanto não sair um parecer sobre documento de Mogi
Noemia Alves
Da Reportagem Local
A audiência pública sobre a implantação do aterro sanitário que a empreiteira Queiroz Galvão quer instalar em Mogi não deverá acontecer em menos de seis meses ou até a conclusão da análise do relatório entregue pela Prefeitura com parecer sobre o empreendimento. A garantia foi dada pelo secretário de Estado do Meio Ambiente, Bruno Covas, ao prefeito Marco Aurélio Bertaiolli (PSD). 
Por meio de um telefonema, na tarde de anteontem, Covas reforçou a Bertaiolli o compromisso de avaliar o relatório elaborado pela Falcão Bauer e que traz argumentos técnicos de danos e prejuízos que o aterro trará ao distrito do Taboão. "O secretário confirmou o que tinha dito meses atrás: de que enquanto a Cetesb e outros departamentos da Secretaria de Meio Ambiente não terminarem a análise do relatório da Prefeitura, não será marcada nenhuma audiência. O prazo de 90 dias, que terminou dia 15 de novembro, foi prorrogado e não tem data para conclusão. Então, não há com o que se preocupar porque estou certo de que, com os argumentos e provas técnicas que apresentamos, o processo será arquivado", afirma Bertaiolli. 
A audiência pública sobre o Lixão chegou a ser marcada para junho desse ano, mas acabou adiada, por determinação do próprio secretário. Na oportunidade, a Prefeitura entregou ao governo um dossiê com uma série de argumentos contra o empreendimento, entre os documentos um estudo técnico que rebate o plano da empreiteira para o Taboão, e havia sido estabelecido o prazo de 90 dias. Contudo, no dia 17 deste mês, a Secretaria de Meio Ambiente divulgou nota aos jornais da região informando que o relatório da Prefeitura foi anexado ao processo de licenciamento e que o parecer da Companhia Ambiental (Cetesb) sobre o documento só deve sair após a realização da audiência pública e que ainda seria agendada. 
Acredita-se que a mudança de postura do governo do Estado, que até semana passada cogitava em marcar audiência sem análise total do relatório da Falcão Bauer, deve-se também a uma pressão do senador Aloysio Nunes, um dos caciques do PSDB, que na semana passada esteve na cidade. Bruno Covas é um dos três secretários do governador Geraldo Alckmin (PSDB) cotado para disputar as prévias do PSDB, que indicarão o pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, e não pode se indispor com o clã do partido.


Fonte:Mogi News