terça-feira, 25 de outubro de 2011

Vagas particulares Estacionar no centro vai ficar mais caro a partir da próxima semana

Tarifa da primeira hora nos estacionamentos particulares será de R$ 4 a partir do próximo mês. Valor já está certo
Noemia Alves
Da Reportagem Local
Maurício Sumiya

Nos estacionamentos particulares, procura por vagas tem aumentado. Proprietários dizem que gastos subiram, o que justifica o reajuste
O motorista que decidir seguir até o centro comercial de Mogi e utilizar um estacionamento privado, com direito a manobrista, para ter maior segurança, vai ter de pagar mais caro pelo serviço. A partir do dia 1° de novembro, na semana que vem, a tabela de preços desses estabelecimentos existentes na cidade será alterada, aumentando a cobrança, em média, em R$ 1.
Dos atuais R$ 3 pela primeira hora utilizada, os estacionamentos particulares irão cobrar R$ 4. A partir da segunda hora o valor passará para R$ 3 e não mais R$ 2. A mudança que já está sendo anunciada em alguns estacionamentos do centro da cidade, às vésperas do início da temporada de vendas para as festas de fim de ano, foi definida pelos próprios donos dos estabelecimentos, em consenso. 
O principal argumento utilizado por eles é do reajuste anual no setor, que acompanha a inflação. Entretanto, há donos de estabelecimentos que querem dar aumento de somente R$ 0,50 para "manter a clientela". Há ainda quem defina a medida como uma forma necessária para "aumentar a rotatividade de vagas no centro comercial da cidade". Ontem, o Mogi News percorreu alguns dos estabelecimentos no entorno do Mercado Municipal e próximos da avenida Voluntário Fernando Pinheiro Franco para ouvir motoristas e verificar a preferência deles pelo uso de vagas privadas ou da chamada Zona Azul, mantida pela Hora Park, concessionária do serviço na cidade. A maioria dos entrevistados alegou preferir estacionar nos estabelecimentos fechados, em razão da segurança. 
Foi o caso do operador de máquina Joilson dos Santos Neves, de 23 anos, e o mecânico industrial Antônio da Cunha Ferrão, de 39. Ambos são proprietários de motocicletas e preferem desembolsar quase R$ 50 por mês com estacionamento. "É um dinheiro válido porque na rua a gente paga R$ 1 por hora e não tem a garantia de não ser furtado. Além disso, há convênio com a escola onde estudamos, o que barateia o custo final", argumenta Ferrão. O colega dele, Joilson, conta que desembolsa ainda mais de R$ 1 mil com seguro da motocicleta, mas ainda assim prefere estacionar num estabelecimento da rua Professor Flaviano de Melo. 
Advogada, Sônia Maria Cordeiro, de 35, é também usuária assídua dos estabelecimentos privados. "É mais prático e seguro. A gente chega, estaciona e vai para o compromisso mais tranquila de que não vai ser furtada", diz. 
Há sete anos com um estabelecimento na Coronel Souza Franco, próximo do Mercado Municipal, Sigueo Higuji conta que a procura por vagas em seu estabelecimento tem aumentado a cada ano. "A maior parte dos usuários fica menos de 1 hora, o que mostra que será sentido pouco pelos motoristas. O aumento (de R$ 3 para R$ 4 dos primeiros 60 minutos) é necessário por conta dos gastos com funcionários e tributos", justifica. 
A biomédica Ercília Moreira, frequentadora assídua do estabelecimento da Coronel Souza Franco, concorda com aumento. "É o preço que temos de pagar para ter mais segurança". Já a professora aposentada Helenice Medalho, de 57, diz que vai pensar "duas vezes", antes de estacionar no privado, quando o tempo que for passar no centro for menos do que uma hora.


Fonte:Mogi News