sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Metalúrgicos ameaçam greve

SÃO PAULO
Em campanha salarial, os 260 mil metalúrgicos de São Paulo, Mogi das Cruzes e região prometem parar fábricas a partir da semana que vem se os negociadores das empresas do setor não apresentarem contraproposta salarial que atenda às reivindicações da categoria. Os trabalhadores fazem assembleia amanhã para deliberar sobre a contraproposta patronal.


"Queremos uma contraproposta salarial satisfatória e que contemple também as reivindicações sociais da categoria", disse o presidente do sindicato, Miguel Torres. "Caso contrário, a partir da semana que vem vamos começar a parar as fábricas", acrescentou.


Com data-base para renovação da convenção coletiva de trabalho em primeiro de novembro, a categoria quer 5% de aumento real, além da reposição da inflação, redução da jornada e PLR para todos. Pedem valorização do piso salarial, licença-maternidade de 180 dias e estabilidade aos acidentados e portadores de doenças profissionais, entre outras reivindicações. Até hoje, as empresas ofereciam reajuste salarial entre 7,5% e 8,5%, o que representa aumento real estimado entre 0,5% e 1,4%.


Em São José dos Campos, os metalúrgicos do setor aeronáutico entraram em estado de greve. Insatisfeitos com o que apontam como "intransigência dos patrões do setor", os sindicalistas protocolaram um aviso de greve, que pode ser deflagrada na próxima semana.


O foco da movimentação dos trabalhadores é a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), principal empresa do setor e que encabeça as negociações, que nesta semana vendeu 11 aviões à Azul por quase 500 milhões de dólares.


A pauta de reivindicações dos trabalhadores inclui reajuste salarial de 17,45% e redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. Ontem os negociadores do sindicato patronal apresentaram proposta de aumento real de só 1%, além, da reposição da inflação, a partir de 1º de novembro. A oferta foi rejeitada na mesa de negociações.


Fonte:O Diário de Mogi