sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Brecha Queiroz poderá pedir audiência para Lixão

Por meio de um conselheiro, empreiteira pode requisitar nova data para a discussão pública do aterro. Consema ainda não recebeu pedido
Jamile Santana
Da Reportagem Local
A empreiteira Queiroz Galvão poderá solicitar em caráter de urgência uma nova data da audiência pública para tratar da instalação de um aterro sanitário no Taboão. A data inicial, dia 21 de junho, foi adiada pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) durante votação de urgência solicitada pela Prefeitura de Mogi. Na ocasião, o município solicitou, via secretário estadual de Meio Ambiente, Bruno Covas, que o conselho incluísse na reunião a suspensão da audiência por 90 dias, tempo para que o relatório técnico contra o Lixão ficasse pronto.


Por meio da Assessoria de Imprensa, o Consema explicou que a pauta da próxima reunião plenária ainda não está fechada, e que o conselho pode fazer isto até o dia 1º de novembro. Na primeira parte da plenária, os conselheiros decidem "assuntos gerais e inclusão de urgência na ordem do dia". Portanto, é nesta hora que a empresa pode solicitar que a audiência entre em pauta através de um conselheiro. O prazo da suspensão da audiência pública da Queiroz Galvão termina no próximo dia 15. Durante reunião do Consema realizada em maio, o chefe de Gabinete da Prefeitura de Mogi, Sérgio Marrano, falou na reunião por meio da cadeira da Associação Paulista dos Municípios (APM). Já a Queiroz Galvão conseguiu se manifestar a partir do espaço cedido pela Fiesp. 
Segundo o diretor de Meio Ambiente da Fiesp, Eduardo San Martin, até o momento a empresa não procurou a entidade para solicitar espaço na reunião. "Mesmo se houver votação, quero deixar claro que a Fiesp é a favor da decisão da direção regional da Fiesp, ou seja, neste caso, somos a favor de Mogi. O que o Werner Stripecke (diretor regional da Fiesp/Ciesp) decidir que é melhor para a cidade, nós aqui em São Paulo vamos apoiá-lo", garantiu.


O diretor também negou que a Queiroz Galvão tenha facilidade em conseguir uma cadeira para se manifestar no Consema, já que o dono da área no Taboão onde a empresa pretende instalar o aterro é o latifundiário e diretor-adjunto de Meio Ambiente da Fiesp, Raul Ardito Lerário. "Isso não influencia em nada. A Fiesp em São Paulo vai apoiar a decisão da direção da Fiesp em Mogi", garantiu. Lerário foi procurado, mas o jornal recebeu a informação de que ele está em viagem ao Exterior.


Fonte:Mogi News