quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Entrevista Bertaiolli e Alckmin: parceria a favor de Mogi

Relação entre a Prefeitura e o governo do Estado é "à base da parceria apartidária", que tem o bem-estar da população em primeiro lugar
Jamile Santana
Da Reportagem Local
Adriano Vaccari

"Só fui para o PSD, depois de uma conversa com o governador Geraldo Alckmin, depois de uma autorização da parte dele, diante da lealdade que tenho com seu governo Trocar de partido foi fruto de uma conversa muito olho no olho com o governador".
Ogovernador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), está exercendo o cargo pela terceira vez e, para o prefeito Marco Aurélio Bertaiolli (PSD), novamente ele mostra seu carinho e atenção com Mogi das Cruzes. Nos últimos anos, o governador esteve na cidade várias vezes, tanto em campanha como no exercício do cargo. A relação entre a Prefeitura e o governo do Estado é tratada "à base da parceria apartidária", segundo Bertaiolli, que garantiu que só deixou o DEM, partido de base aliada ao PSDB de Alckmin, depois de muita conversa e "autorização" do governador, a quem o prefeito destaca sua lealdade. Durante entrevista em que detalhou os investimentos de R$ 690 milhões do governo estadual em Mogi, o prefeito falou sobre como a cidade tem conquistado obras e serviços importantes. 


Mogi News: Como o senhor avalia os investimentos do governo estadual em Mogi?
Marco Bertaiolli: Nós temos uma demonstração de investimentos da ordem de quase R$ 700 milhões, vindos de parcerias do governo estadual com o governo municipal. E é uma parceria de colaboração, porque muitas destas ações só são possíveis porque a Prefeitura de Mogi das Cruzes faz a sua parte. Um exemplo disso é o caso do Ambulatório Médico de Especialidades (AME). É um prédio que pertence à cidade, que foi ampliado e reformado, e ganhou um anexo novo, com uma verba que eu tive a oportunidade de, como deputado estadual, destinar a Mogi, por meio de uma emenda parlamentar de R$ 2 milhões. E agora o governo do Estado vai equipar e operar o AME. É um exemplo muito didático da importância da sintonia entre governo do Estado e governo municipal, que beneficia a população de Mogi. Todos estes demais investimentos que eu conquistei ao longo destes quase três anos de governo foram exatamente pensando na cooperação. Fruto de uma positiva relação com o governador José Serra (PSDB), que nos ajudou muito, com muita atenção a Mogi, até com a instalação da Faculdade Tecnológica (Fatec) na cidade, e agora fruto de um ótimo relacionamento com o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Ele tem um olhar muito especial para a nossa cidade. Começou com a duplicação da Mogi-Dutra, que custou R$ 100 milhões, e foi realizada na gestão anterior. A vinda do Poupatempo nos dá a dimensão da importância da cidade. 


MN: O governador tem atendido vários projetos de Mogi. O que falta?
Bertaiolli: Vou contar uma passagem importante com o governador. Ele me chamou no meio do ano e disse: ´Bertaiolli, quais são as obras prioritárias em Mogi das Cruzes, o que você deseja que eu faça na cidade entre esse ano e o ano que vem?´. Pontuei seis prioridades, que são fundamentais: a primeira é que o governo do Estado participasse da construção do Hospital de Brás Cubas. O Alckmin não só autorizou como já liberou R$ 4 milhões e tem o compromisso de liberar mais uma parcela significativa no ano que vem. Também pedi que ele inaugurasse o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) e disse que, na área da saúde, fecharia com chave de ouro os trabalhos do governo estadual na cidade com a instalação de clinica de recuperação de dependentes de álcool e drogas. O governador pediu para que trabalhássemos nesse projeto em 2012. Fomos atendidos com a duplicação da estrada Mogi-Guararema, que era a única entrada da cidade que não era duplicada, além do asfaltamento da estrada da Volta Fria, que liga a via Perimetral a Jundiapeba, obra que custa aproximadamente R$ 15 milhões. O sexto pedido é o que ele está atendendo, a inauguração do Poupatempo, que só foi possível porque a Prefeitura conseguiu um local para a instalação da unidade totalmente gratuito. Todos os seis itens que pedi, o governador atendeu todos. 


MN: Mais quais são os novos pedidos para Mogi?
Bertaiolli: No ano que vem, vamos trabalhar para dar andamento nos projetos e completar esta lista primeiro. Já tenho outra lista de pedidos guardada no bolso, mas vamos deixar o Alckmin atender estes pedidos primeiro... (risos).




MN: O relacionamento do senhor com o governador é bom e próximo desde outras gestões? Foi um processo de amadurecimento?
Bertaiolli: Tive a oportunidade de coordenar a campanha do Geraldo Alckmin aqui no Alto Tietê para governador do Estado de São Paulo. O governador teve uma votação expressiva na cidade, e ele reconhece Mogi como um município grato a ele por este entrosamento. Espero que em 2012 eu possa coordenar a campanha para reeleição do governador novamente.




MN: Temos a luta de Mogi contra a instalação do aterro sanitário. Foram várias reuniões com o governador e o secretário de Meio Ambiente. O senhor acha que o governo está realmente empenhado em ajudar Mogi a se livrar do Lixão?
Bertaiolli: O governador está totalmente a par sobre o projeto. Dentro dos limites legais que ele precisa trabalhar, ele está ao lado de Mogi e fará o que for preciso, legalmente, para ajudar Mogi a se livrar deste fantasma que é o aterro. 


MN: Este mesmo empenho é dedicado à implantação de um aeroporto na cidade?
Bertaiolli: Primeiro, o governo do Estado está se empenhando para conseguir trazer o terceiro aeroporto da região Metropolitana. A nossa tarefa é mostrar que Mogi das Cruzes é o melhor local. Se o Estado conseguir trazer o aeroporto, Mogi é com certeza a melhor opção.




MN: Mas o município de Caieiras tem projeto bem avançado, não é um forte concorrente?
Bertaiolli: Esse projeto é feito pela iniciativa privada. Significa que são empresas que estão prospectando essa oportunidade. Mas vejo que Mogi tem muita chance, a possibilidade de receber o aeroporto é grande. 


MN: Deixando o DEM, que faz parte da base de apoio do governador Alckmin, o senhor acredita que não haverá mudanças ou mesmo algum distanciamento, já que agora o prefeito está no PSD?
Bertaiolli: Eu não ia mais falar sobre questão partidária, porque como eu disse, minha missão é administrar Mogi, dou pouca importância para a questão partidária. Mas só fui para o PSD depois de uma conversa com o governador Geraldo Alckmin, depois de uma autorização da parte dele, diante da lealdade que tenho com seu governo. Trocar de partido foi fruto de uma conversa muito olho no olho com o governador.


Fonte:Mogi News