quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Alto Tietê tem déficit de 180 pms

Júlia Guimarães
Bertaiolli participa de solenidade do 5º aniversário do CPAM-12
O Comando de Policiamento de Área Metropolitano 12 (CPAM-12), responsável pelos três batalhões da Polícia Militar no Alto Tietê, possui um déficit de 180 homens. O aumento do efetivo é uma das maiores preocupações das autoridades locais, já que a falta de policiamento tem relação direta com os índices de criminalidade. A situação desencadeou uma série de reações de apelo à Secretaria de Estado da Segurança Pública pelo envio de novos profissionais aos batalhões da Região. Prefeitos, vereadores e deputados se mobilizam na tentativa de pressionar o Governo do Estado e conseguir a cobertura do déficit. O assunto deverá ser cobrado hoje do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que visitará Mogi das Cruzes pela manhã para a inauguração do Poupatempo.


No fim da tarde de ontem, o presidente do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat), o prefeito de Arujá, Abel Larini (PR), se reuniu com o secretário de Estado da Segurança Pública. Representando os prefeitos das 10 cidades, ele solicitou o aumento do efetivo da Polícia Militar na Região. O encontro foi realizado por intermédio do presidente da Frente Parlamentar do Alto Tietê, deputado André do Prado (PR), que também participou da audiência. O chefe da Pasta estadual se comprometeu a realizar uma avaliação técnica da situação. Porém, não garantiu que haverá o aumento.


Em entrevista a O Diário, Abel Larini informou ainda que está marcada para o dia 5 de dezembro uma reunião do Condemat com o coronel Álvaro Camilo. Durante o encontro também será cobrado o aumento do efetivo. "O policiamento é atualmente a principal necessidade da Região. A segurança pública vem sendo alvo das maiores queixas da população, ficando à frente de outras áreas como a Saúde ou a Educação, por exemplo. A realidade é a mesma em todos os municípios. Nós temos de cobrar do Governo do Estado que haja uma solução. Amanhã (hoje), o governador Geraldo Alckmin virá a Mogi e poderemos tratar do assunto com ele, por que não?".


A segurança pública também foi um dos temas centrais da última reunião da Associação das Câmaras do Alto Tietê (Acat), realizada na semana passada, em Guararema. Na ocasião, os representantes das casas legislativas locais manifestaram amplo descontentamento com o déficit de policiais nos municípios. O presidente da entidade, Edson Elias Khouri (PSB), o Edson Cury, informou ontem que deverá solicitar a presença dos vereadores de todas as cidades na próxima reunião do Condemat. "Caso seja confirmada a presença do coronel Camilo, vamos comparecer à reunião e fazer pressão. Vamos fazer bastante barulho porque a segurança pública é uma grande preocupação da Acat, assim como também dos deputados e dos próprios prefeitos da Região", destacou.


Além de prefeitos e vereadores, os deputados também se mobilizaram em torno do assunto nesta semana. Na última terça-feira, André do Prado (PR) e Estevam Galvão (DEM) se reuniram com Ferreira Pinto para reivindicar o envio de mais policiais à Região. Os parlamentares calculam que seria necessário haver pelo menos 200 homens a mais na Região para que seja garantido um policiamento eficiente dos 10 municípios. "O importante é que estamos nos mobilizando politicamente em torno desta causa e amanhã (hoje) deveremos levar o assunto ao governador Geraldo Alckmin", disse André do Prado.


Também nesta semana, o deputado Luiz Carlos Gondim Teixeira (PPS) fez novas cobranças ao Governo do Estado. Em entrevista a O Diário, o parlamentar informou que falou sobre o assunto com o secretário-chefe da Casa Civil, Sidney Beraldo (PSDB), durante reunião realizada na Assembleia Legislativa na terça-feira. No mesmo dia, ele encaminhou um requerimento ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) solicitando que seja determinada a imediata adoção das medidas administrativas para a recomposição do efetivo dos 17º, 32º e 35º batalhões. "Esta é uma situação que nos preocupa muito. Precisamos de garantias do Governo do Estado de que haverá o aumento do efetivo", destacou.


No dia 16 de agosto, o prefeito Marco Bertaiolli (PSD) já havia discutido o assunto com o secretário Ferreira Pinto, em reunião na Capital. Na ocasião, o mogiano cobrou um acréscimo no efetivo das polícias Civil e Militar. Ele argumentou que, no caso da Polícia Civil, o número de oficiais trabalhando não é o bastante para garantir o funcionamento 24 horas dos quatro distritos policias existentes. Já no caso da Polícia Militar, o prefeito detalhou que há uma defasagem da ordem de 30%, que precisa ser corrigida.


Fonte:O Diário de Mogi