sábado, 24 de setembro de 2011

Aeroporto "Quem decide é o governo federal"

Mogi tem uma área no Taboão para instalação do empreendimento, mas concorre com cidade de Caieiras
Willian Almeida
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Governador Alckmin este em Itaquá. Em entrevista, ele preferiu não falar em preferência por cidade para a instalação de aeroporto
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que o poder de concessão para a instalação do terceiro aeroporto de São Paulo é do governo federal e não do Estado. A declaração foi dada durante evento de anúncio de investimentos em Itaquaquecetuba. Na região, Mogi das Cruzes (na região do Taboão) e Ferraz de Vasconcelos querem a implantação do empreendimento. Apesar disso, Alckmin afirmou que o estado paulista não tem como ficar sem um novo aeroporto porque os atuais (Cumbica e Congonhas) não possuem condições de expansão.


De acordo com o governador, na Região Metropolitana do Estado de São Paulo somente a zona leste - e neste caso só é possível no Alto Tietê - ou a zona norte comportam um equipamento do porte de um aeroporto. Além disso, comentou que a prioridade no momento é a construção do terceiro terminal do aeroporto de Cumbica e o segundo terminal e segunda pista em Viracopos, na cidade de Campinas.


"São Paulo não pode ficar limitada. Congonhas não tem para onde crescer. Cumbica pode ter o terceiro terminal, mas não tem como ter a terceira pista. Então há necessidade de fazer outro aeroporto e o ideal é que fosse privado. Agora, o poder concedente não é o Estado, mas o governo federal. Somente ele pode autorizar, licitar e delegar. Tudo é com o governo federal", disse, ao reiterar que ainda que o aeroporto seja privado, necessita de concessão da União.


No início dessa semana, o governador disse durante a criação do Conselho da Região Metropolitana do Estado de São Paulo que a prioridade do novo órgão será a implantação do terceiro aeroporto. E não são apenas Mogi das Cruzes e Ferraz que querem o aeroporto. 
Isso porque as empresas Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa já possuem um projeto, prestes a ter avaliada sua viabilidade operacional pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), para a instalação de um aeroporto em Caieiras. As duas são detentoras do direito de compra de uma área de 9 milhões de metros quadrados na cidade. A localização, no entanto, dessa área, num raio inferior a 100 quilômetros de distância de outro aeroporto (Viracopos) pode ser um impedimento.


A cidade de Caieiras está dentro da região norte, apontada por Alckmin como uma das que possuem capacidade para receber este tipo de empreendimento. "Na região oeste, onde se pensou no passado em implantar um aeroporto, é difícil porque tem muita área de mata atlântica. A região sul é litoral praticamente. Então, ou é na região norte ou leste, aqui no Alto Tietê, ou no norte, para o lado de Caieiras e Cajamar", disse.


Fonte:Mogi News