terça-feira, 30 de agosto de 2011

Situação do Tietê ainda preocupa



DE OLHO Com flutuador, Dan Robson percorreu os 30 quilômetros do Rio Tietê que passam pela Cidade
DANILO SANS
O flutuador da expedição "Tietê às Claras", que mede o nível de oxigênio no rio, deixou Mogi das Cruzes no último sábado mostrando que desde 2009, ano das primeiras visitas, nada mudou nos 30 km do manancial que cortam a Cidade. "A única alteração foi nos aguapés, típico de locais poluídos, que devido ao maior fluxo de água saíram da região de Biritiba Mirim e foram para dentro de Mogi", informou Paulo Rogério Avelar dos Santos, integrante da equipe.


A maior vazão da água e menor quantidade de lixo encontrada pelo guardião do flutuador, Dan Robson, deveriam ter melhorado a qualidade do rio, mas não foi o que a expedição encontrou. No primeiro dia pelas águas de Mogi das Cruzes, que terminou nas proximidades da indústria Gerdau, o flutuador registrou índice pouco pior do que os mostrados em 2009, mas na maior parte do trajeto, a qualidade da água era boa.


No segundo dia, os registros também permaneceram parecidos, mas um ponto chamou a atenção da equipe. A oxigenação da água era considerada boa até as proximidades da indústria Griffith, em César de Souza, onde junto ao córrego que sai da empresa, os níveis mostrados chegaram a ficar ruins, voltando a melhorar alguns metros à frente. Técnicos da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) foram até o local para inspeção da estação de tratamento e do líquido despejado pela empresa. A análise deve ficar pronta em uma semana.


A partir do terceiro dia, quando o caiaque passou pelo Distrito de Braz Cubas, o Tietê já estava praticamente morto. Na região da Ponte Grande, a água ainda era considerada ruim, mas nas proximidades do Córrego dos Canudos, a oxigênio da água era praticamente zero, mostrando que o nível também era péssimo.


Do trecho de Braz Cubas até Itaquaquecetuba, onde o flutuador fez sua última parada, ontem, a qualidade do rio permaneceu péssima em todo o trajeto. "Assim ele vai até o trecho de Pirapora e Cabreúva, e começa a melhorar apenas em Itú, por conta das diversas quedas d’água que têm naquelas regiões", prevê Santos.


Fonte:O Diário de Mogi