domingo, 21 de agosto de 2011

Reportagem especial Mercado de trabalho está em alta no Brasil

Maurício Sumiya

Souza: "A experiência no exterior é essencial para a contratação"
Quem precisa voltar para o Brasil e começar do zero, ou seja, ser inserido no mercado de trabalho, pode aproveitar o bom momento da economia do País, segundo especialistas. Com a queda do dólar, multinacionais estão ampliando a produção e, com a falta de mão de obra especializada, sobram vagas. De acordo com o economista João Luís de Souza Lima, os problemas econômicos tanto na Europa, quanto nos Estados Unidos, são de dívidas fiscais.


"Nos Estados Unidos, pessoas que eram acostumadas a ter dois empregos, tiveram de se organizar apenas com um. Lá, a crise é bem mais aguda porque a dívida do País supera seu crescimento no Produto Interno Bruto (PIB). Este corte afeta os imigrantes, mas, no caso dos brasileiros existe uma boa esperança para quem volta ao País", explicou, referindo-se à abertura de 3 milhões de vagas de emprego desde 2008, quando a primeira onda da crise afetou a economia mundial.


No caso do Japão, a organização da população, além do alto nível educacional, está fazendo com que, mais uma vez, o país saia de forma criativa da crise. "Depois do terremoto, grandes montadoras pararam suas produções, causando demissões. No entanto, o setor da construção civil está em alta, então, equilibrou o saldo de emprego. Mesmo assim, muitos brasileiros foram demitidos, mas aqui tem vaga para quem tem qualificação", destacou. O mercado precisa de mão de obra qualificada. "Faltam engenheiros, contadores, economistas, entre outros. Os profissionais mais graduados trabalham fora. Estes não ficam sem emprego se retornarem ao País".


O economista Jacó de Souza também defende a qualificação profissional. "O Brasil está em pleno crescimento econômico, com previsão de acréscimo de 6% no PIB. Estas empresas que estão evoluindo, precisam de profissionais qualificados e esta experiência no exterior pode ser determinante para a contratação. Em contar que a Copa está aí, a oportunidade é boa".


Apesar otimismo, a geração de empregos no Brasil apresentou queda. Pelo segundo mês consecutivo, Mogi das Cruzes, por exemplo, registrou fechamento de postos de trabalho. Depois de terminar junho com um saldo negativo de 567 vagas, em julho a cidade demitiu 25 pessoas a mais do que contratou, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). (J.S.)


Fonte:Mogi News