domingo, 21 de agosto de 2011

Estatística Cesta básica fica 5% mais cara


Carne vermelha puxou a alta registrada pelo Dieese em julho, devido à entressafra e ao aumento do consumo
Luana Nogueira
Da Reportagem Local
Adriano Vaccari

No supermercado, o segredo é fazer pesquisa de preços para economizar ou substituir produtos
O preço da cesta básica está mais alto para o mogiano. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou que a lista de alimentos básicos fechou em R$239,38 no Estado de São Paulo em julho. Esse valor é 5% maior que o registrado no mesmo período do ano passado. Um dos alimentos que teve grande alteração no preço foi a carne vermelha. Segundo o economista Jacó de Souza, o aumento do poder aquisitivo da nova classe C e a entressafra do produto causaram o efeito. Ele prevê que a alta chegue a mais 5% até novembro.


A dona de casa já nota as mudanças e busca substituir os produtos. A aposentada Vanda Moura, de 57 anos, já trocou o arroz que costumava consumir por uma marca inferior. "O pacote de cinco quilos de arroz que custava R$ 8,50 está R$ 10,98. Tive de substituí-lo por outra marca mais em conta. Todos os alimentos e materiais de limpeza aumentaram. Tem coisas que dá para substituir, mas outras não", afirma. Ela conta que o óleo de milho foi trocado pelo de soja. "As verduras e legumes também estão mais caras. O quilo do quiabo está chegando a R$ 7", constata.


Fonte:Mogi News


A pesquisa de preços é apontada pelo economista forma de encontrar ofertas atraentes. "Existem comerciantes que compram os produtos em maior quantidade, por isso o consumidor consegue um preço 30% ou 40% mais barato", explica. Ele informa que o produto que mais onera a compra no momento é a carne vermelha: "A maior preocupação em relação à carne é a entressafra. Os novos entrantes na classe C estão consumindo mais também. Com a lei da oferta e procura, temos o aumento. A partir do momento que a arroba do boi gordo chega a R$100, o consumidor já sente o reflexo."
Souza garante que a substituição de itens ainda é uma saída atrativa para quem busca economizar. "Temos os períodos cíclicos que interferem no valor dos produtos. As pessoas podem substituir o arroz por outro item e assim por diante. É preciso ainda, aproveitar os produtos da época. Uma opção para a substituição da carne vermelha é a suína e o pescado que estão com bons preços", destaca.


O consumidor também pode comprar produtos a granel. "O quilo do feijão carioquinha está R$ 3. Ele é sempre fresquinho, pois compramos semanalmente", conta Fernanda Cristina, 33, comerciante do Mercado Municipal. A procura pela carne de segunda também tem sido a opção para muitas pessoas. "Elas costumam comprar os cortes para fazer cozido. Antes a carne de segunda estava R$ 14,90 e agora subiu para R$ 15,90", explica o comerciante Erlon Cursino, 59. 
O tomate também tem chegado à mesa com preço mais alto. "Ele está 200% maior que há um mês. Hoje, custa R$ 2,99. O tomate é muito consumido e as pessoas não deixam de comprar", afirma Edson Ferreira dos Santos, 39, gerente de uma quitanda.