terça-feira, 5 de julho de 2011

Trem-bala cada dia mais difícil. Não seria hora de reativar o

A entrevista de Zhao Jian, professor da Universidade de Transportes da China, concedida ontem ao "Estadão", joga mais um balde de água fria sobre os planos de implantação de um trem-bala no Brasil para ligar Campinas e São Paulo ao Rio de Janeiro. Um dos maiores especialistas em ferrovias daquele País, Jian disse que a China não irá participar da licitação para o trem de alta velocidade no Brasil porque há indícios de todos os lados de que o projeto irá operar no vermelho. "Não importa quem construa, o trem-bala será deficitário", disse Jian, um crítico dos grandes investimentos que a China vem fazendo em sua malha de trens rápidos. Na China, o débito do Ministério das Ferrovias já está em US$ 309 bilhões, devendo dobrar em quatro anos. E como os trens não são lucrativos, o Ministério não terá receita suficiente, podendo-se abrir uma grave crise da dívida. No caso do Brasil, o especialista alega que a concentração e a densidade populacional são muito baixas. Isso significa, segundo ele, que não importa quem vai construir o trem-bala brasileiro. "Ele será deficitário", garante Jian, lembrando que o governo brasileiro não deseja assumir riscos com o trem de alta velocidade, exigindo que os construtores venham a operar as linhas. Algo que pode desestimular ainda mais os investidores. Tanto que, por várias vezes, a concorrência do trem-bala já foi adiada. Diante do impasse uma solução seria o governo brasileiro modificar seus planos e, em lugar do audacioso projeto, promover uma recuperação geral das linhas já existentes e hoje utilizadas apenas para o transporte de cargas, para receberem também os trens de passageiros. Não haveria necessidade de um megaprojeto, mas de algo funcional e eficiente, com trens que executassem o trajeto entre São Paulo e Rio cm conforto e rapidez, ainda que não atingindo a supervelocidade do trem-bala. Vontade política do governo e coragem para admitir que erra quando tenta implantar algo economicamente inviável seriam fundamentais para se dar um passo seguro pela volta do trem de passageiros ao País.


Mulheres – 1


Das 116 cadeiras existentes nas câmaras municipais de 10 cidades da Região, somente 12 vagas são ocupadas por mulheres. Diante desse quadro, o movimento Articulação Regional Mulheres do Alto Tietê vem buscando aumentar a participação do público feminino em questões ligadas à política partidária. Neste final de semana, 50 representantes de oito municípios se reuniram em Suzano, buscando unificar propostas para a reforma política em andamento no Congresso.







Mulheres – 2


Do encontro saíram, entre outras propostas, o financiamento público de campanha, lista alternada (com presença obrigatória de 50% de mulheres candidatas) e a exigência – quase absurda – de que a metade dos eleitos de cada partido seja mulheres, sob pena de punição. A Articulação pretende se reunir agora com as vereadoras e depois, nos dias 16 e 17 de agosto, participar de uma Marcha a Brasília para exigir dos congressistas a inclusão de tais propostas na reforma que deverá valer para as eleições de 2014.







Na "Folha"


A edição de domingo da "Folha" deu destaque aos impactos que o empreendimento Reserva Serra do Itapety poderá produzir em Mogi. Além de questões de ordem ambiental, a publicação destaca os efeitos no aumento do tráfego, da geração de esgotos e elevação da demanda por água e serviços públicos como saúde, educação e transporte. A Alden, empresa responsável pela obra, atesta a sua sustentabilidade e garante que os impactos serão "positivos".







No conforto


"Estamos confortáveis", disse ontem o presidente do Diretório Municipal do PMDB, vereador Geraldo Tomaz Augusto, em relação à montagem da chapa de candidatos à Câmara Municipal para as eleições do próximo ano. Segundo ele, faltam apenas dez nomes para fechar o grupo, o que ele acredita que conseguirá, sem problemas, nos próximos dois meses.


Fonte:O Diário de Mogi