terça-feira, 5 de julho de 2011

Ministério dos Transportes

Viadutos devem ser mantidos mesmo com crise, diz Cuco
Ele acredita que obras não sofrerão atrasos em razão de escândalo político em Brasília
Willian Almeida
Da Reportagem Local
Divulgação

As obras em Mogi estão sob a responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Um dos viadutos passará pelo distrito de Jundiapeba
O prefeito em exercício José Antonio Cuco Pereira (PSDB) acredita que as denúncias de um suposto esquema de corrupção no Ministério dos Transportes não devem afetar as obras para a construção de dois viadutos no município, em Jundipeba e Vila Industrial. As obras são de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), órgão ligado ao Ministério e cujo diretor-geral, Luiz Antonio Pagot, foi afastado temporariamente da função. 
As denúncias de um esquema de cobrança de propina foram feitas pela revista "Veja" desta semana. Pagot é uma das pessoas apontadas como membro do grupo que agiria ilegalmente dentro do Ministério. Além dele, foram afastados dos cargos: Mauro Barbosa da Silva, chefe de Gabinete do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento; Luís Tito Bonvini, assessor do Gabinete do ministro, e José Francisco das Neves, diretor-presidente da Valec (empresa vinculada ao Ministério e responsável pela construção de ferrovias).


Presidente do partido do ministro, o deputado federal Valdemar Costa Neto (PR) é apontado como um dos mentores do suposto esquema. Em nota oficial, ele negou todas as denúncias. "Ninguém está autorizado a discutir qualquer contrato público, em nenhum lugar, em nome do Partido da República. Portanto, caso haja esta ocorrência, tal conduta é criminosa e não diz respeito ao PR", diz o documento, que pode ser conferido integralmente no site do partido.


Na manhã de ontem, Cuco comentou o assunto. "Tomei conhecimento sobre o escândalo no Ministério pela Imprensa. Sobre os viadutos que vamos construir, a concorrência já foi fechada e os trabalhos vão começar logo. Não acredito em problemas".


O Ministério deve responder hoje aos questionamentos do Mogi News sobre se os afastamentos e se a sindicância interna que apura as supostas irregularidades pode afetar ou até mesmo paralisar a obra dos viadutos. Apesar de a ordem de serviço já estar assinada, a empresa vencedora da licitação ainda depende da conclusão do projeto executivo das obras de arte para, efetivamente, começar as obras, conforme disse na última semana ao Mogi News o engenheiro responsável pelo contrato, Marcos Rogério de Freitas.


A situação das desapropriações também pode atrapalhar o andamento das obras. Isso porque a Prefeitura de Mogi espera do Dnit a confirmação do firmamento de um convênio que irá autorizá-la a negociar com as 57 famílias que podem ser afetadas. O custo das desapropriações foi bancado por Pagot, recentemente, em visita a Mogi. O valor é de até R$ 15 milhões. (Colaborou Luana Nogueira)


Fonte:Mogi News