sábado, 30 de julho de 2011

ATENDIMENTO RUIM Advogado faz nova queixa contra Ipiranga

Ele enfrentou uma hora e meia de espera para que a cirurgia da esposa fosse liberada, o que só aconteceu depois que fez contrato particular
Willian Almeida
Da Reportagem Local
Adriano Vaccari

Advogado faz nova queixa contra Ipiranga

Simas: "Minha esposa poderia ter morrido por conta de um fax"
O advogado Fábio Simas entrou em contato com o Mogi News na tarde de ontem para fazer uma reclamação ao setor administrativo do Hospital Ipiranga. Ele passou por um problema com a esposa na unidade hospitalar e ao ler no jornal as reportagens sobre mau atendimento prestado ao editor-chefe do Grupo Mogi News, Márcio Siqueira, e à jornalista Ana Cláudia Venâncio, resolveu procurar a redação.


Segundo Simas, a esposa passou mal no feriado de Corpus Christi, no mês passado, e foi levada ao Pronto Socorro nos dias 23, 24 e 25. Sem que o mal-estar passasse, retornou na segunda-feira, dia 27.


"Na segunda-feira, ela foi muito bem atendida e constatou-se que estava com hemorragia e precisaria passar por uma cirurgia. Eu me lembro muito bem que era por volta das 11 horas. Eles já sabiam que ela tinha convênio (Linha DIX) e eu fiquei uma hora e meia, com ela tendo hemorragia, esperando a liberação da cirurgia. Vendo aquela demora, deixei o plano de saúde e disse que faria um contrato particular naquela hora, como se não tivesse convênio. Somente aí é que imprimiram um papel e ela pôde fazer a cirurgia. Achei uma intransigência do hospital. Minha esposa poderia ter morrido por conta de um fax, de um carimbo", disse o advogado, revoltado.




Resposta
O convênio DIX respondeu, em nota, informando que o procedimento solicitado pela cliente foi autorizado e realizado em 27 de junho. O Hospital Ipiranga, também em nota por meio da Assessoria de Imprensa, informou, assim como o advogado, que a paciente deu entrada na instituição no dia 27 de junho, quando recebeu atendimento médico, passou por exames e, internada, passou por cirurgia autorizada pelo seu plano de saúde.


Em relação à reportagem publicada na edição de ontem, em que a jornalista Cláudia Venâncio criticou o atendimento médico do hospital, a assessoria respondeu que ela passou pela triagem às 18h47 de 19 de julho e que no prontuário médico está indicado o horário de 19h48 como término do atendimento.


Cláudia disse ter chegado às 18h40 e o atendimento se estendido até às 20h. "Infelizmente, a senhora Ana Cláudia optou por não aguardar o prazo previsto para a realização do exame indicado e optou por deixar a instituição", afirmou a assessoria.


O caso de Cláudia foi mostrado ontem pelo jornal. Ela tem problemas neurológicos que causam fortes e frequentes dores de cabeça. Disse que estava há 15 dias sentindo dores e que resolveu procurar o Pronto Socorro do Ipiranga na última sexta-feira. No hospital, enfrentou demora e disse que funcionários prestaram mau atendimento. "A médica me pediu um exame de sangue por conta do surto de meningite. Eu estava com muitas dores, mal me aguentava em pé. Também estava com o pescoço endurecido. Fui fazer o exame e tinha umas dez pessoas na minha frente. Perguntei ao enfermeiro se meu pai poderia ficar na fila em meu lugar e ele respondeu que não porque eu era a paciente", contou. Ela disse ter sido tratada de forma mal educada uma série de vezes. "Realmente o atendimento é péssimo desde as enfermeiras. Eles precisam saber que as pessoas que chegam lá para ser atendidas estão acabadas e precisam ser bem tratadas", disse.


Fonte:Mogi News