quinta-feira, 16 de junho de 2011

Servidores mantêm paralisação


REIVINDICAÇÕES Servidores estaduais da Saúde fazem mobilização em frente ao Hospital Dr. Arnaldo


MARIANA LEAL
Metade dos funcionários do Hospital Doutor Arnaldo Pezzuti Cavalcante, o equivalente a 700 pessoas, ingressou na greve dos servidores públicos estaduais de saúde, que termina hoje na unidade, e tem início no Hospital Osíris Florindo Coelho, em Ferraz de Vasconcelos. A expectativa era de que 70% aderissem à causa, por isso, o atendimento não ficou comprometido. A paralisação da categoria por 48 horas consiste em chamar a atenção do Governo do Estado para as reivindicações de reajuste salarial, data-base e reajuste do vale-alimentação


"Pedimos, entre outros itens, um aumento de 26%, mediante perdas, do salário, já que a maioria recebe há mais de 20 anos somente dois salários mínimos. Queremos, também, um aumento no vale-alimentação e um plano de cargos, carreiras e salários", divulgou a diretora do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (Sindsaúde) - Região do Alto Tietê, Kátia Aparecida dos Santos, acrescentando que desde o dia 1º de março, que é a data base da categoria, as reivindicações estão sendo entregues à Secretaria de Estado da Saúde, mas nenhum retorno foi dado.


Ontem, uma comissão de 30 funcionários foi eleita para ir até a portaria do hospital e conversar com a imprensa. O atendente de enfermagem Mario Donizete Nogueira, 48, afirma que a paralisação aconteceu. "Estamos reivindicando melhorias veementes. Alguns de nós estão há quase 20 anos sem aumento, recebendo dois salários mínimos. É desrespeitoso", destaca.


A Secretaria de Estado da Saúde diz que não há um balanço da greve e dos atendimentos, pois os hospitais estão funcionando normalmente, contrariando o Sindicato. E disse, ainda, que se algo estiver acontecendo, é somente piquete.


Trem


Uma assembleia que será realizada hoje, às 18 horas, pelos sindicatos da Zona de Sorocabana e Central do Brasil, representantes dos ferroviários das linhas 8 (Diamante), 9 (Esmeralda), 11 (Coral) - que serve o Alto Tietê, inclusive Mogi -, e 12 (Safira), da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), definirá se a categoria entrará em greve novamente ou não. O dissídio coletivo (de greve e econômico) também será discutido hoje, às 15h30, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).


A última proposta da CPTM apresentada no dia 10 de junho, previa reajuste salarial de 1,75%, além de aumento real de produtividade de 1,5%, que totaliza 3,27%. No entanto, a reivindicação da categoria consiste em um acréscimo de 8,25%. Caso a nova proposta não agrade o grupo, uma nova paralisação pode acontecer.


Fonte:O Diário de Mogi