segunda-feira, 13 de junho de 2011

Construção irá atingir 57 imóveis


Cinquenta e sete imóveis localizados na Vila Industrial, Vila Rubens e Jundiapeba serão afetados pelas obras de construção dos viadutos Cavalheiro Nami Jafet e Jundiapeba, previstas para começar nos próximos dias e para serem entregues até maio de 2014. Com 10 metros de altura cada e extensões de aproximadamente 1.300 metros, as estruturas não significam apenas a promessa de um trânsito com maior fluidez, mas também vão implicar em alterações profundas nas características urbanas dessas duas regiões, inclusive com o fechamento de algumas ruas e a ampliação, e até abertura, de outras. Estimadas em cerca de R$ 15 milhões, as desapropriações estão em fase de avaliação e serão definidas junto com o projeto executivo que se encontra na etapa final de compatibilização entre o consórcio SPA-Tejofran-Convap, vencedor da licitação para as obras, e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).


Fonte:O Diário de Mogi


Os imóveis que serão atingidos pelos viadutos já estão definidos e os proprietários já têm conhecimento de que a Prefeitura tem a preferência sobre a aquisição deles – através do direito de preempção – há pelo menos dois anos. Porém, só na fase atual do projeto executivo, é que será possível definir a extensão das desapropriações, conforme informações obtidas com fontes junto à Prefeitura, Dnit e consórcio. Ou seja, agora é que será definido os imóveis que serão desapropriados integralmente e os parciais, o que significa que nem todos os proprietários, obrigatoriamente, terão de deixar suas residências. Muitos poderão, apenas, ter de ceder alguns metros da propriedade, sem interferência na construção principal.


No último mês, quando foi dada a ordem de serviço para o início das obras, o diretor geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot, adiantou que o órgão federal poderá assumir também os custos das desapropriações, além dos viadutos, que vão demandar recursos da ordem de R$ 50 milhões. Pelas previsões iniciais, R$ 10 milhões terão de ser gastos em desapropriações de 23 imóveis para a construção do viaduto Nami Jafet e outros R$ 5 milhões em 34 imóveis de Jundiapeba.


Preocupado com o início efetivo das obras, ainda que o prazo oficial do contrato (36 meses) já esteja valendo, o prefeito Marco Aurélio Bertaiolli (DEM) deu início a tratativas que visam a desapropriação amigável, e por valor simbólico, de uma área de 40 mil metros quadrados, na face norte de Jundiapeba, que é onde deverá ser montado o primeiro canteiro e por onde começará a ser erguido o primeiro viaduto.


Essa área – hoje desocupada - fica entre a linha férrea e o Rio Tietê, mas contempla o que pode ser definido como o coração de um futuro complexo viário, pois inclui as rotatórias de acesso da nova Avenida Guilherme Giorgi, grande aposta da Cidade para aliviar o trânsito no corredor Mogi-Suzano, para facilitar o acesso ao Trecho Leste do Rodoanel e para o desenvolvimento econômico daquela região.


Com estrutura em concreto armado, pavimentação asfáltica, drenagem urbana, iluminação pública, sinalização viária, circulação para pedestres e paisagismo, o viaduto Jundiapeba terá 1.345 metros de extensão, uma largura total de 19 metros (17 metros de faixas de rolamento, sendo duas para cada mão de direção, e mais dois metros para pedestres) e uma altura de 10 metros sobre a linha férrea – características semelhantes ao elevado Argeu Batalha, em Braz Cubas.


No caso específico de Jundiapeba, como o leitor pode conferir no traçado digital disponibilizado pela Prefeitura, o viaduto nascerá na Avenida Guilherme Giorgi, no trecho hoje de terra e pouco utilizado que fica, para quem vem no sentido Mogi, pouco depois do Condomínio Real Park Tietê e da travessia férrea. A expectativa da Prefeitura é de que toda a Guilherme Giorgi, entre Jundiapeba e Braz Cubas e estimada em quase R$ 70 milhões, fique pronta junto com o viaduto – caso contrário, pelo menos esse trecho de Jundiapeba terá de ser executado para possibilitar a ligação com o sistema viário elevado.


Só nesse lado norte, o viaduto Jundiapeba terá cerca de 580 metros desde o início do acesso pela Guilherme Giorgi. Depois, num traçado em curva e a 10 metros de altura, ele cruzará a linha férrea na direção do posto de gasolina existente na Avenida Lourenço de Souza Franco, bem perto da sede da Polícia Rodoviária. A ponta sul do viaduto estará exatamente na Rua Kátia Oliveira, onde praticamente um quarteirão inteiro de casas terá de sumir para dar lugar ao viaduto e expansão lateral da rua original. Um mini anel viário interno também será necessário nesse trecho, inclusive com abertura de ruas, para que o trânsito local não seja prejudicado pela estrutura viária.


Fonte:O Diário de Mogi