Guilherme Bertti
Moeda de troca
O prefeito Marco Bertaiolli (DEM) tem como condição "sine qua non" para continuar no Democratas e ser candidato à reeleição pelo partido o indeferimento, por parte do governo do Estado, do projeto de aterro da Construtora Queiroz Galvão. É o que assegura uma fonte da coluna. Se o Lixão não vingar, Bertaiolli ficará mesmo no DEM; mas se o projeto da Queiroz for aprovado, o prefeito embarca no PSD até setembro.
Daniel Carvalho/ Divulgação
Interlocutores
A vinda do presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia, há duas semanas, e o socorro dado pelo deputado estadual Estevam Galvão de Oliveira, que conseguiu uma reunião com o secretário de Estado do Meio Ambiente, Bruno Covas, mesmo a contragosto dele, seriam provas de que boa parte do preço político-administrativo que Bertaiolli cobra para ficar no DEM tem um lema: "Não ao Lixão". Mais: Agripino também teria intercedido junto a Alckmin a respeito do assunto e contra o empreendimento.
É certeza!
Estevam, por sua vez, esteve com o governador Geraldo Alckmin (DEM) na quinta-feira. Saiu de lá num tom misterioso, garantindo que Alckmin, em atendimento a Bertaiolli, vai livrar Mogi das Cruzes do inferno do Lixão e impedir que Bruno Covas lave as mãos, como Pôncio Pilatos, no chorume do aterro da Queiroz.
Dor no peito
A lideranças comunitárias que o visitaram ontem, Bertaiolli confessou-se extremamente chateado por ter tido de demitir 81 servidores públicos comissionados. O pano de fundo da dolorosa providência é uma reestruturação administrativa na Prefeitura. O prefeito sentiu o golpe e, quem o viu na terça-feira, disse que ele esteve tenso e contrariado, além de irritado.
Incógnita eleitoral
O Partido Progressista faz amanhã sua Convenção Estadual, na Assembleia Legislativa de São Paulo. O ato será presidido pelo presidente nacional do PP, senador Francisco Dornelles, e do famoso e sempre impune deputado federal Paulo Maluf. Em Mogi, a legenda está há três anos sob o comando do advogado Gustavo Ferreira. Em 2008, Ferreira apoiou a candidatura do deputado estadual Luiz Carlos Gondim Teixeira (PPS) à Prefeitura. Será que, no ano que vem, isso irá se repetir?
Guilherme Bertti
Pobre Norival
O Mogi News publicou nesta semana, por três edições, matérias que trataram da depredação e da insegurança na praça Norival Tavares, no Monte Líbano. Ali, os comerciantes se dizem revoltados com a transformação da praça num recanto de pichadores impunes, além de drogados, principalmente nas noites de sexta-feira a domingo, e guardadores de carro achacadores.
Em estudos
Pelo que também se apurou, a câmera de monitoramento instalada num canto da praça, quase na esquina da Padaria Flor de Mogi, não filmou, por exemplo, a pichação da tradicional banca de jornal, a Guarda Municipal não pode fazer absolutamente nada sem isso e a Polícia Militar, que se limita e enviar viaturas para ficarem encostadas, com dois policiais cada uma, imóveis e, sem perceber, por exemplo, a ação de traficantes de drogas, diz que vai "estudar" o que fazer.
Zero absoluto
A PM também descarta uma solução óbvia, exatamente a de fixar uma pequena base policial no local, que funcione 24 horas por dia, como se fosse um espantalho para depredadores e marginais. Diz que tem outros pedidos periferia adentro para atender. O problema é que não atenderá nenhum.
Ordem e progresso
Aí, então, fica assim: uma das praças mais bonitas de Mogi continuará sendo destruída e pichada, sem que as autoridades tidas como "competentes" façam alguma coisa. É tudo muito normal. Faz parte do ritual de incompetência do poder público, mesmo diante dos tributos recolhidos cada dia mais pela população.
Divulgação
Bolo de aniversário
Enquanto isso, o Comando de Policiamento de Área Metropolitano - 12 comemora seu aniversário. Criado para organizar as ações em benefício do cidadão-contribuinte, cinco anos depois, é difícil saber para que serve, se não for para condecorações e comemorações.
FONTE:Mogi News
