sábado, 7 de maio de 2011

História viva: Sesi homenageia expedicionários

História viva:
Sesi homenageia expedicionários
Miled Cury Andere, Orlando Rodrigues de Camargo e Victor Pinto da Fonseca participaram da solenidade
Luana Nogueira
Da Reportagem Local
Maurício Sumiya

Os três expedicionários de Mogi das Cruzes participaram do evento do Dia da Vitória realizado ontem no Sesi de Brás Cubas
Cerca de 400 alunos do Serviço Social da Indústria (Sesi) de Brás Cubas tiveram a oportunidade de acompanhar de perto uma importante fase da história do Brasil. O Dia da Vitória foi celebrado com festa para receber os três expedicionários de Mogi que lutaram na Segunda Guerra Mundial. Miled Cury Andere, Orlando Rodrigues de Camargo e Victor Pinto da Fonseca compareceram ao Sesi para receber a homenagem. O vice-prefeito José Antonio Cuco Pereira (PSDB) e o subtenente Elmar Élson Maass, chefe de instrução do Tiro de Guerra também participaram da solenidade.

No dia em que se completou 66 anos do final da Segunda Guerra Mundial, os estudantes do Sesi conheceram a trajetória dos soldados. Os combates ocorreram na Itália. O pracinha Fonseca contou que a cidade em que desembarcou foi Nápoles. Ele saiu do Brasil em junho de 1944 e a viagem durou nove dias. "Enfrentamos um frio de 17 graus abaixo de zero. Depois que voltei é que comecei a me livrar dos fantasmas da guerra", destacou.

A experiência vivida pelo veterano de 96 anos que serviu no fronte de batalha é compartilhada por Andere, que ficou por um ano na Europa. "Era um dia diferente do outro. Vivíamos na expectativa de uma luta. Ele contou que depois que voltou da Itália, teve de passar um tempo distante para se recuperar das situações vividas na guerra. "Passei um tempo no Cocuera e depois voltei à cidade para dar aulas". O soldado fez um livro de memórias que será lançado no próximo dia 17, na sede da Associação dos Expedicionários Mogianos.
Durante o evento, diversas apresentações foram realizadas pelos alunos da escola. O diretor da instituição, Auclésio Ranieri, destacou que a ação é muito importante para aproximar os estudantes da história viva do Brasil. "Nosso papel é passar a história para os alunos. Temos o costume de homenagear as pessoas que já morreram, mas agora é a vez dos pracinhas que estão vivos". Um dos pontos altos do evento foi a homenagem feita ao "Soldado Desconhecido", que representa os que morreram em combate. Mogi enviou 400 homens, dos quais nove foram mortos.

Fonte:Mogi News