terça-feira, 10 de maio de 2011

Frente promete pressionar Estado

Frente promete pressionar Estado

SABRINA PACCA

Os membros da Frente Parlamentar Contra a Instalação do Aterro de Mogi das Cruzes, liderados pelo deputado estadual Luiz Carlos Gondim Teixeira (PPS), irão agendar uma reunião na Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo para pressionar o secretário Bruno Covas (PSDB) a desistir da ideia de realizar a audiência pública, marcada para 21 de junho, que discutirá a instalação de um lixão, pela Construtora Queiroz Galvão, no Distrito Industrial do Taboão. O objetivo é mostrar ao tucano e, consequentemente, ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), que a sociedade civil e as autoridades da Cidade não querem, em hipótese alguma, um aterro sanitário.
Ontem, em encontro realizado no auditório da Câmara Municipal de Mogi das Cruzes, essa frente parlamentar foi retomada, oficialmente, por Gondim. O grupo de trabalho já existia desde 2003, mas acabou sendo esquecido, nos últimos anos. O local ficou lotado tanto de políticos como de membros do Movimento "Aterro, Não!" e dos moradores do próprio Distrito do Taboão, que foram levantar a voz contra o lixão.
Os parlamentares decidiram, ainda, cobrar do prefeito Marco Bertaiolli (DEM) que se posicione, oficialmente, contra o aterro, por meio de algum tipo de documento por escrito e que faça, com urgência, uma política municipal de resíduos sólidos para Mogi. "Nós queremos, também, que a Câmara de Mogi faça uma moção dizendo que os vereadores são contra o lixão. Vamos levar este documento, assim que ele for aprovado, para o Bruno Covas e para o governador Alckmin", disse Gondim, cujo primeiro objetivo ao marcar o encontro era apresentar alternativas para os resíduos sólidos que não fosse aterro sanitário.
Entretanto, após ouvir o Movimento "Aterro, Não!", que no ano passado liderou um fórum e já debateu essas alternativas, o evento tomou outro rumo e se voltou para encontrar formas de barrar a audiência pública já marcada pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), que pode ser realizada na sede do Bunkyo.
"Não podemos deixar que essa audiência aconteça, porque senão o Consema vai fingir que nos ouve e, depois, fará o que o governador quiser que, neste caso, é trazer esse lixão para Mogi", argumentou o deputado estadual Alencar Santana (PT).
Da mesma forma, o professor Nabil de Moraes, que integra o Movimento, cobrou que os parlamentares exerçam pressão contra Covas. "Vocês têm que pressionar o secretário e fazer com que ele e o governador determinem a anulação dessa audiência", pediu o professor.
Além de Gondim e Santana, estavam presentes os deputados estaduais Heroílma Tavares (PR) e Alex Manente (PPS). Também compareceram os vereadores Carlos Evaristo da Silva (DEM), Jean Lopes (PC do B) e Osvaldo Ferreira dos Santos, o Osvaldo do Mercado Real (PPS); o prefeito de Salesópolis, Antonio Adilson de Moraes, oBolinha (PSDB), e o presidente da 17ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil de Mogi, Marco Soares.
Já Silvio Marques, presidente da Associação dos Moradores do Taboão lembrou aos presentes que hoje, às 15 horas, o prefeito estará na Câmara para falar sobre o assunto. "É uma ótima oportunidade para cobrarmos do Bertaiolli uma postura mais firme e para sabermos quem são os vereadores contra e a favor do aterro", justificou.

Fonte:O Diário de Mogi