sexta-feira, 4 de março de 2011

Resultado é razoável, diz Dilma


BRASÍLIA
A presidente Dilma Rousseff considerou ontem "bastante razoável" o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 7,5% em 2010. "É um número bastante razoável e que demonstra que o Brasil tem capacidade de crescimento", afirmou à tarde, em rápida entrevista à imprensa no Palácio do Planalto.
Dilma estimou que a expansão do PIB, neste ano, ficará em torno de 4,5% ou 5% "tranquilamente". A presidente ressaltou que o governo está empenhado no ajuste da economia para evitar o aumento da inflação e permitir que o crescimento do PIB possa ser contínuo nos próximos anos.
""Não vamos de maneira alguma deixar a inflação ficar fora de controle. Vamos ter um olho na estabilidade e outro nos investimentos", afirmou. "Vamos sempre procurar uma taxa (de crescimento) bastante razoável, sustentável e permanente."
Pela manhã, no salão nobre do Planalto, quando se dirigia para um encontro com o primeiro-ministro do Timor Leste, Xanana Gusmão, Dilma foi cautelosa ao comentar o crescimento do PIB. Um repórter perguntou se a presidente tinha gostado do "Pibão", termo usado pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. "O Pibão foi bom, foi bom", disse a presidente.
Na entrevista após encontro, Dilma evitou dar prazo para envio ao Congresso do projeto que reajusta a Tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física. "Esse projeto está em processo de avaliação no governo", afirmou. O reajuste deverá ser de 4,5% segundo assessores. As centrais sindicais reivindicam reajuste maior, mas o governo avisou que não atenderá o pleito.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, também comemorou a alta recorde do PIB em 2010, mas procurou sinalizar que o ritmo de crescimento já está desacelerando e que não há superaquecimento da economia.
Respaldando as previsões de manter o crescimento no patamar sustentável entre 4,5% e 5% este ano para evitar um descontrole da inflação, o ministro disse que os dados do quarto trimestre de 2010 mostram que a economia já está "rodando" nessa velocidade.


FONTE: O Diário de Mogi