Quadrilha é presa após lesar a Secretaria da Saúde
QUI, 24 DE JANEIRO DE 2013 00:00
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Bando que fraudava documentos para pegar remédios: prejuízo estimado em R$ 500 mil / Foto Laércio Ribeiro
Em uma operação conjunta, o delegado Alexandre Zakir, da Corregedoria da Administração Pública, na Capital, e o delegado Deodato Rodrigues Leite, titular do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos), desmantelaram ontem (23), uma quadrilha que vinha mediante fraude, lesando a Secretaria de Estado da Saúde, com a aquisição de medicamentos de alto valor. Segundo Alexandre, o prejuízo está estimado em R$ 500 mil.
Ele disse que entrou em contato com o delegado seccional Luiz Carlos Branco Júnior, em Mogi das Cruzes, o qual designou o titular do Garra para dar apoio na blitz. Pela manhã, eles detiveram Jéssica Cristiane Martins, de 24 anos, e em seu poder apreenderam 100 caixas do remédio Somatropina, avaliadas em R$ 40 mil.
Segundo o delegado Rodrigues Leite, Jéssica já tinha agido anteriormente em Mogi com procurações falsas, portanto, ele calcula em R$ 120 mil o montante do prejuízo que ela causou ao Estado.
Mas Jéssica não agia sozinha. Ela levou os policiais civis à residência do chefe da quadrilha, identificado como Erick William Oliveira, de 31 anos, em Ribeirão Pires.“Isso não pode estar acontecendo”, afirmou o acusado. “Até eu já tomei na minha infância o medicamento, é para ajudar no crescimento”, disse Erick. Ele e o bando vendiam o remédio e outros especializados como anabolizantes.
O casal confessou que há três anos aplicava os golpes na Secretaria da Saúde. O grupo retirava remédios com receitas falsas na Farmácia Popular, na DRS-1 (Departamento Regional de Saúde), na Avenida Francisco Rodrigues Filho, no Mogilar, e nas Unidades de Saúde da cidade de Santo André e Vila Mariana, em São Paulo.
“Nós já identificamos os outros três integrantes da quadrilha, os quais devem ser presos nas próximas horas”, adiantou o delegado Rodrigues Leite. Carimbos e formulários usados na fraude foram apreendidos.
O delegado Alexandre Zakir explicou que “estamos investigando o crime há um ano e agora prendemos os dois primeiros membros do grupo”.
O casal foi autuado em flagrante, no começo da noite, por uso de documentos falsos, falsidade material e falsidade ideológica. No começo da madrugada de hoje, ele foi escoltado à Cadeia de Mogi, e Jéssica ao Presídio Feminino, em Poá. Eles não tinham antecedentes. Segundo o titular do Garra, o casal está sujeito a uma pena que ultrapassa 15 anos de reclusão.
Nesse caso, o delegado Rodrigues Leite mobilizou o investigador chefe Caio Campos e os policiais civis Fábio, Aruari e Márcio, além dos escrivães Wilson, Takeda e Eduardo, todos do Garra. (Laércio Ribeiro)
Fonte:O Diário de Mogi