quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Bibo e Vera querem ‘superar’ bate-boca


Bibo e Vera querem ‘superar’ bate-boca
QUI, 24 DE JANEIRO DE 2013 00:00
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Bibo Fernandes e Vera Rainho tentaram ontem evitar maiores conflitos após discussão calorosa / Foto Arquivo


A discussão entre o presidente da Câmara de Mogi, Rubens Benedito Fernandes (PR), e a vereadora Vera Rainho (PR), por causa das medidas de contenção de despesas no Legislativo, foi o principal assunto da Casa ontem (23). Mas, baixada a poeira e com os ânimos menos acirrados, os dois já deram sinais que estão dispostos a “superar” o episódio para evitar maiores conflitos não apenas no ambiente de trabalho, como também dentro do próprio partido.

A vereadora, apesar de fazer questão de comprovar a frequência nas sessões, demonstrando que não teve nenhuma falta em 2012, garantiu que não possui qualquer intenção de levar a briga adiante. Ela disse que não pretendia discutir, explicando que foi até a sala do presidente apenas para conversar sobre o novo sistema estabelecido para usar os serviços dos motoristas.

Entre as medidas de corte de gastos, que restringe as cotas de combustível, xerox, postagem, material de escritório e fim das horas extras, Bibo baixou um “Ato da Presidência”, determinando mudanças para o uso dos motoristas. Como a Casa conta com 17 profissionais para 23 vereadores, ele estabeleceu um sistema de revezamento, mantendo um motorista para atender dois vereadores, que terão de revezar os trabalhos. Vera protestou e disse que o presidente deveria tê-la consultado antes de tomar a medida, dizendo que agiu como “ditador e tirano”. Começou o bate-boca entre os dois quando o presidente ficou nervoso e reagiu argumentando que ela é uma vereadora ausente e não participa das atividades legislativas.

“Acho que ele é um bom administrador. Votei nele para presidente e não me arrependo porque somos do mesmo partido, do qual me orgulho muito. Não tenho nada contra ele, mas acho que não precisava ter sido tão agressivo. Fiquei constrangida como mulher quando começou a gritar e apontar o dedo para mim. Mesmo assim, acho que esse episódio vai ser superado porque o importante aqui, acima de tudo, é trabalhar pelo bem da população. De qualquer forma, da minha parte, este episódio termina aqui”, ponderou.

O presidente também pareceu disposto a “superar” a briga. Bibo alega que as medidas são necessárias para fazer a adequação na Câmara, que não pode contratar novos motoristas sem a realização de concurso público, um processo demorado. Ele esclarece ainda que não pode discutir as medidas com os vereadores porque nesta época de recesso parlamentar, muitos deles não comparecem à Câmara.

“Não tenho nada pessoal contra a Vera. Independentemente de qualquer coisa, estou aqui à disposição dela para ajudar e atender no que for necessário. Esse tipo de coisa acontece, mas acaba sendo superado”, salientou. O republicano informou ainda que a partir de agora vai se concentrar na reunião que acontecerá na próxima terça-feira, às 10 horas, para definir a composição das comissões permanentes da Casa para este ano.

A briga entre os dois repercutiu entre os demais vereadores. A maioria afirma que faltou “bom senso” entre as partes, que poderiam ter resolvido a questão de outra forma, com diálogo. Esta é a opinião de Francisco Moacir Bezerra de Melo Filho (PSB), o Chico Bezerra. Entretanto, ele também acha que as medidas deveriam ter sido discutidas com todos antes de serem adotadas. O novato Caio Cunha (PV) deu total apoio ao presidente. “A forma de fazer as coisas estão mudando e muitos que estavam acostumados com o sistema antigo não concordam com as mudanças”, disse ele, informando que dispensou os serviços de motoristas. (Silvia  Chimello)

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Fonte:O Diário de Mogi