sábado, 10 de novembro de 2012

Saúde Pacientes reclamam da falta de solução para os casos no Luzia


Saúde
Pacientes reclamam da falta de solução para os casos no Luzia
Em alguns casos relatados, a denúncia é que o tratamento é interrompido no Hospital Luzia de Pinho Melo
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

O paciente Dorivaldo Paiva disse que precisa continuar o tratamento no Hospital Luzia de Pinho Melo
O motorista Dorivaldo Ferreira Paiva, de 51 anos, é um dos muitos exemplos de pacientes que conseguem diagnosticar a doença, porém, não passam pelo tratamento adequado até a resolução do problema de saúde. Com uma obstrução no esôfago, ele já ficou internado por 15 dias no Hospital Luzia de Pinho Melo e nem mesmo neste espaço de tempo conseguiu um tratamento de que resolvesse ou amenizasse sua dificuldade. Ao contrário, o estado de saúde dele piorou. 
Há cerca de um mês, Paiva foi até o Luzia onde passou por uma endoscopia e uma sonda foi implantada. Após duas semanas internado, passando até mesmo pela Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ele recebeu alta, com a justificativa que seria para ganhar peso e ficar "mais forte" para passar por uma cirurgia. Quase duas semanas após a alta, Paiva estava mais magro e com sintomas ainda mais destruidores. Ele vomitava sangue e não conseguia se alimentar, nem mesmo pela sonda.

"Voltei ao hospital no domingo (dia 28 de outubro) e recebi alta na tarde do dia seguinte, com a mesma justificativa: ganhar peso", contou Paiva. "Estou com 45 quilos e quando sai do hospital pela segunda vez estava com 60 quilos", revelou. 
Paiva voltou ao hospital na tarde de ontem e até o fechamento desta reportagem, aguardava o resultado dos exames para saber se seria internado. "Ele não pode ficar em casa nestas condições", esbravejou a mulher do motorista, Irlanda Aparecida Mendes, 40.


Paciente
Outro caso que retrata a falta de resolução dos casos de doenças diagnosticadas é o da aposentada Aparecitta Mantuani de Sousa, 83. A filha de Aparecitta, a professora Elaine Cristina Alves de Sousa, 45, contou que a mãe sofre há um ano com um câncer de pele.

"Já rodei em diversos hospitais de São Paulo. No Luzia, uma médica disse que não poderia ajudar, porque cirurgia não era sua especialidade. Desde o dia 29 de outubro aguardo um retorno para saber quando minha mãe poderá passar no especialista", detalhou. "Uma idosa de 83 anos merece mais respeito. Estou desesperada. Ela precisa fazer esta cirurgia o mais rápido possível", frisou. 
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde informou que "nenhum paciente da unidade fica sem atendimento". No caso do motorista, a pasta informou que após passar pelo Luzia e ser submetido aos procedimentos necessários "a equipe médica do hospital, aguardava o resultado dos exames para verificar se há ou não necessidade de internação. É importante deixar claro que a decisão de internar um paciente é exclusivamente da equipe médica, com base na avaliação clínica e laboratorial do paciente", aponta a nota.

Já no caso de Aparecitta Mantuani, "o hospital irá entrar em contato para orientá-la e prestar toda a assistência necessária".


AME cirúrgico
Para o deputado estadual Luiz Carlos Gondim Teixeira (PPS), a resolução dos casos poderia ser maior com a criação de um Ambulatório de Especialidades Médicas (AME) cirúrgicas. 
"Regiões como Taubaté e São José do Rio Preto já contam com este tipo de serviço. Ele iria desafogar o Luzia e os outros hospitais de referência do Alto Tietê", destacou. "Já solicitei o equipamento ao governador Geraldo Alckmin (PSDB)", afirmou. 

Fonte:Mogi News