quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Eleições Jingles de campanha ganham ruas da cidade


Eleições
Jingles de campanha ganham ruas da cidade
A música desenvolve papel importante nas eleições, pois ajuda o eleitor a memorizar o nome e o número dos candidatos para o momento do voto
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Divulgação
Jânio Quadros e Eymael: exemplos de jingles que ficaram eternizados na mente dos eleitores
Considerado uma arma importante nas campanhas políticas, os jingles ganham cada vez mais as ruas da cidade nestes meses. e são ferramentas fundamentais no processo de memorização do número do candidato. E a história dos jingles é rica. Entre os mais famosos está o "Varre, varre vassourinha", de Jânio Quadros, considerado um dos maiores clássicos de todos os tempos.

"Lula lá" é um dos últimos grandes jingle brasileiro, tanto que sempre é reutilizado de alguma forma nas campanhas do ex-presidente.

Apesar do sucesso, eles precisam ser considerados apenas parte do processo de divulgação. O "Ei, Ei, Eymael", de José Maria Eymael, é uma prova que um bom jingle é apenas uma das ferramentas da campanha. "Ele jamais elegerá sozinho um candidato", explica o publicitário Fernando Martins. 
"A música desenvolve um papel importante no comportamento humano", explica. "Ela pode sugestionar algo e é um poderoso estímulo. O jingle é a principal ferramenta de memorização", contou Martins. "O caso clássico de memorização é a utilização de hits atuais. Basicamente, todos eles têm letras fáceis", destacou.

"A utilização sempre tem como base o perfil do candidato e do seu eleitorado. Se for alguém experiente, a palavra experiência será evidenciada, e o mesmo vai acontecer com um jovem e a palavra inovação. O jingle vai enaltecer as virtudes, entre elas o lado humano e a seriedade", detalhou Martins que fez um alerta. "O jingle é apenas uma das partes do material de propaganda. A qualidade está associada diretamente à simpatia do eleitor. Na mesma intensidade que ele pode influenciar positivamente, também tem o poder de afastar", contou.


Distanciamento
O sociólogo Afonso Pola avalia que a utilização do jingle passou a ganhar importância nas últimas décadas, a partir do fenômeno de distanciamento da classe política e os eleitores. "Antes, a população tinha uma proximidade maior com a dinâmica política. Havia um processo de acompanhamento. Com os escândalos, que diminui o interesse da sociedade, aliada a obrigatoriedade do voto, as escolhas passaram a ser aleatórias", explicou "Uma parcela dos eleitores não é criteriosa e pode ir para frente da urna sem um candidato escolhido. É neste momento que lembra-se da música e digita o número. É difícil mensurar o quanto isso ocorre, mas não é raro", avaliou Pola. 

Fonte:Mogi News