quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Dia Nacional Sem Tabaco Quase 60% dos fumantes de Mogi abandonam o vício


Dia Nacional Sem Tabaco
Quase 60% dos fumantes de Mogi abandonam o vício
Divulgação
Entre janeiro e julho, 141 pessoas se trataram em Mogi
Entre os meses de janeiro e julho deste ano, 141 pessoas foram incluídas no Programa Municipal de Combate ao Tabagismo em Mogi das Cruzes. Cerca de 58% destes pacientes, ou seja, 82 deles, conseguiram parar com o vício. Outros 24% deles (34) abandonaram o tratamento. No Dia Nacional Sem Tabaco, celebrado hoje, especialistas comemoram a queda no número de fumantes em todo o País, mas alertam que, além de estimular o abandono do tabagismo, o grande desafio é manter a posição antifumo.

Desde a sanção da Lei Antifumo, que proíbe o consumo de cigarros em locais públicos e fechados, até a elevação dos tributos para a indústria do tabaco e a proibição da comercialização de cigarros metolados, fumar ficou mais difícil. As campanhas desenvolvidas pela rede do Sistema Único de Saúde (SUS) que incentivam a prática de exercícios físicos e hábitos saudáveis também diminuíram o índice de fumantes em 14,8% no Brasil, segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC).

Em Mogi, o Programa de Combate ao Tabagismo, criado em 2007, distribui, gratuitamente, em média 1,2 mil adesivos transdérmicos de nicotina aos pacientes. No entanto, mais importante do que acabar com o vício, é identificar o nível de dependência do paciente e o motivo que o levou a procurar o programa, segundo a médica Célia Trama, coordenadora do programa. 
"São três níveis de dependência: químico, psicológico e habitual. O químico é o mais fácil de tratar, porque introduzimos medicamentos que auxiliam na desintoxicação do organismo. Mas, para que o programa seja efetivo, pedimos que o paciente faça uma lista dos motivos que o fizeram parar e por que continuaria fumando", detalhou.

Outra dificuldade é manter o paciente focado no tratamento, já que fatores externos influenciam na decisão do paciente. "É preciso ter o apoio da família e dos amigos e estrutura psicológica", informou.

O mesmo defende o médico Ademir Lopes Júnior, da SBMFC. "Isso porque a nicotina age rapidamente no cérebro, causando dependência superior à do álcool, por exemplo. Basta um mês de uso contínuo de cigarros para acionar o gatilho da dependência", alertou. (J.S.)

Fonte:Mogi News