Segundo usuários da rede pública de saúde, transferência de médico deixou espera por atendimento mais longa
Jamile Santana
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho
Agora, o único mastologista da rede pública de saúde em Mogi das Cruzes fica no AME
Após a saída do médico ginecologista e mastologista Adriano Baeta da Secretaria de Saúde de Mogi das Cruzes, as pacientes que tinham consultas e acompanhamentos agendados com ele passaram a esperar mais de um mês para conseguir o atendimento com o único especialista na rede, que agora atende no Ambulatório Médico de Especialidades (AME), da Secretaria de Estado da Saúde. Isso porque, no Pró-Mulher, o médico chegava a atender 70 consultas por semana só para pacientes de Mogi e o número caiu para 40 consultas por semana, sendo que as vagas são divididas com as demais cidades da região.
Com isso, o tempo de espera para uma consulta passa de 30 dias. É o caso da dona de casa Ana Maria da Costa. Há três anos, ela operou as mamas para a retirada de cistos benignos, mas precisa se consultar com o mastologista a cada seis meses para acompanhamento. "Ainda não recebi alta, então, a cada seis meses, eu ia levar os exames para o Baeta. Só que, depois disso, ele foi para o AME e eu estou aguardando para agendar este retorno", detalhou.
O médico explicou que no AME as pacientes não fazem acompanhamento médico, como era feito no Pró-Mulher. "O objetivo do AME é diminuir a fila de espera. Então, a mulher passa comigo e, se tiver necessidade de cirurgia, já é encaminhada para o Hospital Luzia de Pinho Melo, se não, encaminho meu diagnóstico para a Secretaria Municipal de Saúde, para que a paciente seja acompanhada por um ginecologista", explicou Baeta.
Segundo o especialista, o Sistema Único de Saúde (SUS) não exige que o município ofereça um mastologista, mas o número de profissionais especializados não corresponde ao volume de pacientes. "O ideal seria o município contratar outro mastologista ou mais ginecologistas".
A Secretaria Municipal de Saúde informou que o encaminhamento das mulheres que precisam de consulta com o mastologista no AME é feito pelo clínico-geral ou ginecologista da rede e que o tempo de espera por uma vaga é de, no máximo, 30 dias. Além disso, a pasta informou que a Unidade Clínica Ambulatorial (Unica), em Jundiapeba, implantará a Ginecologia Especializada, que também poderá atender os casos de mastologia.
Já a Secretaria de Estado da Saúde informou que o AME coloca à disposição, em média, 125 vagas em mastologia para os municípios a região.
Fonte:Mogi News