terça-feira, 17 de julho de 2012

Em um mês Monitoramento aéreo da Prefeitura identifica 3 novas áreas irregulares



Construções ilegais foram interrompidas e foi notada uma recuperação da mata nativa de áreas antes invadidas
Noemia Alves
Da Reportagem Local
Reprodução
No Jardim Lair, as imagens de antes (à esq.) e depois (à dir,) de áreas com construções irregulares são as mais impressionantes, com parte da vegetação recuperada
As quatro principais áreas de risco de deslizamento ou enchente em Mogi das Cruzes - Jardim Lair, Favela do Cisne, Vila Oróxo e margem do rio Jundi-aí - que até então eram ocupadas irregularmente, mas que teve, em sua maioria, famílias encaminhadas aos programas de moradias populares do governo federal, permanecem intactas e, em alguns casos, com evidentes sinais de recuperação da mata nativa. É o que revela o primeiro relatório elaborado pela RK Indústria e Comércio, empresa contratada pela Prefeitura para fazer o monitoramento aéreo de áreas de risco, além de situações de degradação ao meio ambiente. 
O estudo, realizado semanalmente desde o início do mês passado para acompanhamento da Defesa Civil, apontou ainda o surgimento de três construções de imóveis em área de preservação ambiental. A descoberta mais recente, segundo o secretário municipal de Segurança, Eli Nepomuceno, ocorreu no início deste mês, num terreno às margens do rio Tietê, no Jardim Rodeio. 
"Estávamos analisando as imagens de uma casa às margens do Tietê e, ao visitarmos o local, descobrimos que se tratava de uma casa antiga, porém, outra construção irregular havia começado a ser erguida em poucos dias, o que nos possibilitou agir e impedir a invasão. O trabalho de monitoramento, na verdade, já está sendo eficaz nisso: fazer a prevenção para evitar processos morosos de reintegração de posse e desocupação de área ambiental", contou Nepomuceno. As outras duas áreas irregulares foram identificadas no mês passado e se tratavam de dois loteamentos clandestinos na região do Jardim Santos Dumont, no distrito de Jundiapeba. De acordo com o secretário, cada condomínio estava em processo de demarcação e aterramento do solo para a construção de aproximadamente 30 imóveis. 
"Foi uma situação inesperada e que também conseguimos agir em poucos dias", comemorou Nepomuceno. Ele afirmou que, atualmente, existem 30 áreas de risco de alagamento ou deslizamento no município, pré-listadas pela administração municipal, e que nos últimos anos eram ocupadas por 1.352 famílias. Hoje, após trabalho de remoção de parte das famílias pela Prefeitura para programas habitacionais, como o "Minha Casa, Minha Vida", pouco mais de mil famílias ainda estão em situação de risco. "São pessoas que residem no Mogilar, na Ponte Grande, no Botujuru, entre outros bairros, mas que, segundo a Defesa Civil, estão constantemente monitoradas".


Deslizamentos
"Os casos mais críticos de deslizamento já foram resolvidos e de alagamento ainda restam 205 famílias, das quais 411 são da região do rio Jundiaí. E o melhor: conseguimos evitar novas ocupações. As áreas estão intactas e, em alguns casos, com recuperação da vegetação", disse Nepomuceno. Ele se refere à encosta da rua Guarapiranga, que, em 2009, tinha 108 famílias e precisou ser desocupada emergencialmente. Hoje, está, inclusive, com drenagem, mas sem nenhuma construção. 
O contrato com a empresa de monitoramento, no valor de R$ 272.784, terá duração de 12 meses e prevê a emissão de relatórios periódicos.


Fonte:Mogi News