quinta-feira, 26 de julho de 2012

Eleições 2012 O mais radical dos candidatos quer recriar


Eleições 2012
O mais radical dos candidatos quer recriar
Mário Berti quer uma gestão capaz de recriar a cidade, onde todos possam participar das decisões relativas ao município e de como a cidade deve funcionar
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Amilson Ribeiro

Nome: Mário Berti Idade: 63 Profissão: Jornalista Partido: PCB Qual é a Mogi do seu governo? "É uma Mogi plugada no futuro. Uma Mogi com os olhos no amanhã, indubitavelmente terá que se pautar num planejamento de sustentabilidade e de qualidade de vida".
Mesmo com a promessa de tentar dar um tom mais ameno nestas eleições, o jornalista Mário Berti, representante do PCB na disputa à Prefeitura de Mogi das Cruzes, mantém o discurso radical. Responsável pela criação e manutenção de uma das entidades mais atuantes da cidade - a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Guerrilheiros do Itapeti -, Berti defende uma Mogi "plugada no futuro". "A minha gestão vai envolver o direito de recriar a cidade, o direito de ter uma cidade radicalmente democrática, onde todos possam participar das decisões relativas de como a cidade deve funcionar e ao modo de organizar a vida coletiva".




Mogi News: Por que deseja ser prefeito de Mogi?
Mário Berti: Nasci em Mogi. Amo essa cidade. Encanta-me olhar a Serra do Itapeti com seu paredão verde emoldurando a face norte da cidade. Disputar a prefeitura envolve questões de cidadania e participação política na urbe que você vive. Assim como uma responsabilidade intrínseca, necessidade primal em se doar ao espaço urbano em que você respira. Participar de forma concreta nos destinos que ligam meu ser/passageiro ao de minha cidade, como soma de seres humanos e área territorial.




MN: Qual é a sua principal bandeira?
Berti: São vários os pontos que envolvem meu plano de governo. As inúmeras propostas estão elencadas no meu plano de governo, com 364 itens (acessível pelo site: www.mariobertiambientalista.com.br), que vão exigir uma postura aguçada para a sua concretude e resolução. Tarefas que são inacabáveis, pois, à medida que resolvemos uma, outras vão surgindo, brotando da atividade humana desenvolvida na cidade. A cidade é viva, metamorfoseia-se em muitas a todo instante. O prefeito tem que ter o olhar no grande e no pequeno, no hoje e no amanhã. 
MN: O que o credencia para pleitear o cargo de chefe do Executivo?
Berti: Com os muitos anos que vivi, já acumulei experiência suficiente para saber qual é o caminho. E quais os desvios e os labirintos que levam aos descaminhos da corrupção, que é mãe da criança abandonada, do desemprego, da falência da educação, da saúde, e da habitação; mãe de todos os males que apodrecem o tecido social. Ser prefeito não envolve vaidade pessoal, mas um desejo de participar dos destinos da comunidade como sujeito político.




MN: Quais ferramentas utilizará na campanha?
Berti: Recursos normais de uma campanha política, respeitando obviamente a limpeza da cidade, evitando sujar ruas, praças e casas. Divulgar o nome e as propostas de forma limpa e sustentável com o meio ambiente, civilizadamente. Usar as redes sociais e a mídia eletrônica (TV e rádio) como ferramentas primordiais e insubstituíveis nesta campanha. Usar o contato pessoal com os eleitores.




MN: Você adotará uma campanha que preserve a limpeza da cidade?
Berti: A campanha terá como norte a sustentabilidade e o respeito à limpeza da cidade. Quero ser o prefeito de Mogi e isto se reveste de determinada responsabilidade. Como posso almejar administrar uma cidade, se ao disputar sua gerência por quatro anos, a emporcalho? A cidade é nossa casa ampliada. Quem de sã consciência suja sua própria casa?


MN: De que forma sua formação profissional poderá ajudar na administração da cidade, se eleito?
Berti: Administrar uma cidade independe de formação profissional. Quem pensa em gerir uma cidade como se fosse uma empresa privada, vai cair do cavalo, como o Collor caiu da Presidência. Uma cidade é um organismo vivo onde as pessoas moram, trabalham, têm expectativas presentes, passadas e futuras. É nessa argamassa social que se organizam os seres humanos, e é nessa atmosfera que se desenvolve a ação civilizatória que é estritamente política. É na areia movediça de um sistema (capitalista) injusto, excludente e alienado socialmente que acontecem as relações interpessoais e pessoais de nós, humanos.




MN: Qual é o setor que não recebeu a devida atenção na atual administração e precisa de mais investimentos nos próximos quatro anos?
Berti: Em qualquer administração, por melhor que seja, sempre haverá muito por fazer. O desenvolvimento de Mogi está acontecendo de forma acelerada e, com isso, novas pendências se criam e exigem novas respostas por seus habitantes. Principalmente de sua classe dirigente. A educação deverá ser a prioridade de todo administrador, assim como resolver os problemas do dia a dia, que hoje estão relacionados como preocupação central: as de segurança, saúde, trânsito, habitação, saneamento, entre outras. O caótico trânsito de Mogi necessita de intervenção urgente. É preciso a inversão da idéia da mobilidade sobre a lógica do transporte individual. Inversão da lógica dos investimentos públicos em mobilidade que hoje ainda são maiores em ampliação do sistema viário que geram impermeabilização do solo e engarrafamento que mantém o privilégio individual.

Fonte:Mogi News