quinta-feira, 21 de junho de 2012

De novo Chorume vaza e Cetesb ´estuda´ penalidades


Líquido produzido pelo lixo acumulado da Pajoan pode ter atingido novamente o córrego Taboãozinho ontem; a inspeção foi feita à tarde
Bras Santos
De Itaquá
Daniel Carvalho


Outra vez: Aterro já foi multado por conta de vazamentos semelhantes. Dessa vez o problema aconteceu de madrugada
O chorume produzido pelo lixo acumulado no aterro da Empreiteira Pajoan, em Itaquaquecetuba, vazou durante a madrugada de ontem e pode ter atingido o córrego Taboãozinho. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) informou na tarde de ontem, por meio da assessoria de Imprensa, que está estudando novas penalidades contra a empreiteira em razão do vazamento do líquido e do não cumprimento de prazo para compactação do aterro de propriedade dos irmãos Carlos e José Cardoso Filho, o Zé Cardoso, que deslizou em 2011 e interditou a estrada do Ribeiro que serve de ligação entre vários bairros da periferia de Itaquá. 
A Cetesb destacou que durante vistoria realizada ontem pela manhã na área do aterro da Pajoan não foi constatado rompimento de tanques ou vazamento de chorume armazenados, o que caracterizaria o lançamento direto do líquido poluente no córrego Taboãozinho.


Porém, próximo ao curso dágua, os agentes encontraram poças de chorume, o que comprovou, segundo a companhia ambiental, que anteriormente à inspeção, no período noturno, houve vazamento e lançamento de chorume no córrego. 


Inspeção
Foi realizada inspeção ao longo do Taboãozinho abaixo da área do aterro, mas em razão da grande vazão de água no córrego, devido às chuvas constantes dos últimos dias, não foram verificadas alterações significativas. Segundo a Cetesb, por causa disso as "amostragens da água dificilmente iriam comprovar desconformidades em relação à legislação".


A companhia verificou que continuam sendo executadas obras de adequação do maciço de lixo deslizado, porém, em desconformidade com o projeto proposto pela Pajoan e aprovado pela Cetesb em agosto de 2011, com prazo para conclusão vencido em 15 de abril deste ano. A Cetesb ainda encontra-se analisando as penalidades a serem aplicadas à Pajoan, de acordo com a legislação ambiental vigente.


Pajoan não fala 
Três moradores do Jardim Lucinda confirmaram ao Mogi News que o chorume vazou dos tanques durante toda a madrugada e que somente por volta das 8 horas é que os funcionários da empreiteira conseguiram controlar a situação.


Quando a reportagem esteve no local, por volta das 9h30, técnicos da Cetesb acompanhavam a movimentação de carretas e máquinas utilizadas pela Pajoan para esvaziar os tanques instalados na menos de 50 metros do córrego.


Os diretores e a assessoria de Imprensa da Pajoan foram procurados para explicar as causas de mais esse vazamento de chorume, mas a reportagem não recebeu retornou até o fechamento da edição.


Fonte:Mogi News