Será publicado no “Diário da Câmara dos Deputados” o requerimento de voto de louvor ao ex-bispo diocesano de Mogi das Cruzes, Dom Airton José dos Santos, pela sua ordenação como arcebispo da Diocese de Campinas. De autoria do deputado federal Junji Abe (PSD-SP), a proposição (REQ 5493/2012) será registrada nos Anais da Casa. “Faço questão de prestar esta singela homenagem ao missionário, detentor de exemplar tenacidade e movido por uma destacada vocação religiosa que, em seus atos cotidianos, manifestou sua inquebrantável fé, responsável por alicerçar seu ideário humanista e transformador”.
Nomeado pelo Papa Bento XVI, em 15 de fevereiro último, dom Airton tomou posse em março como o novo Arcebispo da Diocese de Campinas. Expressando sua alegria e orgulho pelo reconhecimento do missionário pela autoridade máxima do Catolicismo, Junji disse que a saída do bispo da Diocese de Mogi das Cruzes também representa a certeza de uma grande perda.
“Como cidadão mogiano, católico, e admirador de dom Airton, digo que a comunidade católica do Alto Tietê perde um legítimo líder religioso”, pontuou Junji, acrescentando que, ao longo dos seus 26 anos de ordenação sacerdotal, o missionário “sempre pautou seu trabalho no respeito pelos anseios do povo mogiano e na batalha pela melhoria da qualidade de vida da população”. Segundo o deputado, esta conduta é tão importante quanto evangelizar e difundir as práticas cristãs.
Como demonstração de cidadania e prova de devoção ao bem-estar dos ontemoradores de Mogi e Região, Junji pinçou a determinação de Dom Airton em rejeitar, “com todas as letras”, o patrocínio para a Festa do Divino Espírito Santo de Mogi das Cruzes – maior manifestação religiosa e cultural da Cidade – da empresa que insiste em instalar um aterro sanitário no Distrito do Taboão, apesar do manifesto repúdio popular.
De acordo com Junji, a atitude de dom Airton espelhou “a dignidade, típica dos homens bons e puros de alma”, marcando sua convicção de se aliar aos mogianos para preservar a única localidade ainda disponível à expansão empresarial, com a consequente geração de empregos e renda e, portanto, “um polo promissor no combate às desigualdades sociais”.
O deputado lembrou que a rejeição de dom Airton ao patrocínio ocorrera “num momento dramático”, quando a Prefeitura, comandada por Junji, brigava na Justiça para suspender a audiência pública relativa ao empreendimento. “A decisão do nosso bispo trouxe conforto aos fiéis que rechaçam o aterro sanitário, conscientes do sacrifício que a consolidação do malfadado projeto representa para o município e cidades vizinhas”, definiu o parlamentar.
Ao evidenciar a “irretocável conduta” do ex-bispo diocesano de Mogi das Cruzes, Junji afirmou que dom Airton é “um homem do povo, de quem sempre iremos nos lembrar com ternura, respeito e admiração”. Para finalizar, o deputado manifestou seu desejo de pleno sucesso ao religioso, completando: “E sustento os votos de que seu sucessor tenha tão nobre consciência social”.
Fonte:Mel Tominaga
Jornalista – MTb 21.286
