quinta-feira, 28 de junho de 2012

Agnelo nega relação com Cachoeira




Escutas da Polícia Federal apontarem suposta ligação entre ele e integrantes do grupo de Cachoeira / Foto Divulgação


Em depoimento à CPI do Cachoeira, Claudio Monteiro negou ter relação com suposto esquema do empresário de jogos ilegais Carlos Cachoeira. Segundo a Polícia Federal, ele teria ajudado o grupo do empresário a se infiltrar no governo do Distrito Federal.
Monteiro deixou o cargo de chefe de gabinete do atual governador Agnelo Queiroz (PT-DF) no início de abril, após escutas da Polícia Federal apontarem suposta ligação entre ele e integrantes do grupo de Cachoeira.
"Cadê o rádio? Qual foi a licitação que interfiri? Qual tráfico de influência exerci? Ninguém desse grupo [do Cachoeira] fez parte dos quadros do Distrito Federal", afirmou Monteiro. Apesar de ter apresentado um habeas corpus dando o direito de permanecer em silêncio, Monteiro decidiu responder às questões dos integrante da CPI.
Entre as suspeitas contra ele, está a de ter recebido um rádio Nextel, aparelho que também foi distribuído para outros integrantes do grupo de Cachoeira.
Trechos das gravações também apontam diálogo entre o então diretor da Construtora Delta na região Centro-Oeste, Claudio Abreu, e Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, um dos principais auxiliares de Carlinhos Cachoeira. Nas conversas os dois teriam acertado o pagamento de R$ 20 mil e mais R$ 5 mil mensais para Claudio Monteiro que facilitaria uma indicação do nome de interesse do grupo na direção do Serviço de Limpeza Urbana de Brasília (SLU).
Poucos parlamentares acompanham o depoimento de Monteiro. A sessão é comandada pelo vice-presidente da CPI, deputado Paulo Teixeira (PT-SP).
Também está prevista para o dia de hoje o depoimento de Marcello de Oliveira Lopes, conhecido como Marcelão. Ele foi assessor da Casa Militar do DF. Segundo a polícia, Marcelão teria tentado emplacar um nome indicado pelo empresário Carlos Cachoeira em um cargo no governo do DF.
Na lista de depoentes está ainda João Carlos Feitoza, conhecido como Zunga. Ele é suspeito de ter recebido dinheiro do grupo de Cachoeira. Os dois apresentaram habeas corpus para permanecerem em silêncio. (Folhapress)


Fonte:O Diário de Mogi