terça-feira, 1 de maio de 2012

SP revê contratos com a Delta Construção


RIBEIRÃO PRETO
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou ontem que o governo paulista irá rever os contratos do Estado com a Delta Construção, empresa citada nas investigações sobre a rede de influências de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. "Tínhamos contratos (com a Delta) que se encerraram e nem são do meu mandato. Agora, temos três ou quatro de pequeno valor; é sempre bom rever e analisar, é sempre positivo", disse Alckmin, na abertura da Agrishow, em Ribeirão Preto (SP).


O governador não citou valores nem quais contratos o governo paulista tem com a Delta, mas lembrou que a construtora tem atuação em São Paulo em obras federais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "As obras da construtora são em nível federal, através do PAC, e no Rio de Janeiro", disse.


O governador defendeu ainda que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) criada no Congresso para apurar a rede de influências Cachoeira investigue os parlamentares. "Investigar é sempre bom, esclarecer é bom e se tiver algo de errado, punir", afirmou.


Na Agrishow, Alckmin sancionou o projeto que cede, por 30 anos para os organizadores, a área do Estado onde a feira é realizada há 19 anos. Com isso, a intenção é que sejam feitas obras de infraestrutura permanentes no local. Além disso, o governador anunciou a liberação de R$ 700 mil para investimentos no Centro de Cana, na cidade paulista, valor a ser utilizado em uma unidade de produção de mudas de cana, bem como a criação do Poupatempo Rural, para agilizar demandas do setor, como emissão de guias.


O governador ainda prometeu um investimento de R$ 173 milhões nas obras de ampliação do aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto. "O aeroporto será o mais importante do interior paulista depois de Viracopos", concluiu.


Sorocaba


A empresa Delta Construções S/A tenta anular uma licitação de R$ 20 milhões para serviços de varrição e lavagem de ruas em Sorocaba, a 92 km de São Paulo. A empresa apresentou o menor preço, mas foi desqualificada, segundo a prefeitura, por irregularidade na comprovação do recolhimento de impostos. A Delta entrou com recurso no Tribunal de Contas do Estado (TCE) alegando ter cumprido todas as exigências do edital. O TCE deu prazo até 14 de maio para que a prefeitura apresente defesa.


Fonte:Fonte:O Diário de Mogi