terça-feira, 1 de maio de 2012

LIXÃO: Vazamento de chorume no Pajoan pode levar seus diretores à prisão



Irregularidades em aterro de Itaquá podem levar à solicitação de prisão preventiva de seus representantes legais
Bras Santos
Da Região
O advogado e representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Itaquaquecetuba para o Meio Ambiente, Gustavo Ferreira, afirmou ontem que os diretores do aterro Pajoan poderão ter a prisão preventiva solicitada em razão das irregularidades ocorridas no depósito de lixo nos últimos dias.


Na tarde de domingo, centenas de litros de chorume (líquido produzido pelo lixo acumulado) vazaram dos tanques instalados ao lado da estrada do Ribeiro e atingiram o córrego Taboãzinho, que deságua no rio Paraíba do Sul. O líquido poluente vazou por cerca de três horas e a Polícia Ambiental foi chamada ao local.


No sábado, a Polícia Ambiental já tinha apreendido um caminhão que despejava entulho na área do aterro. O motorista já havia esvaziado uma caçamba repleta de resíduos e se preparava para jogar a segunda, quando foi surpreendido pelos policiais.


Desobediência
Ferreira, que monitora as atividades do aterro Pajoan desde 2010, afirmou que o despejo de lixo de forma clandestina do sábado e a possível falha operacional que provocou o vazamento do chorume podem caracterizar mais uma desobediência judicial. "Na semana passada a Justiça determinou que a fiscalização fosse reforçada para impedir o uso clandestino do aterro. Por causa dessa determinação, decidi monitorar o local nos fins de semana. Quando o chorume começou a vazar, eu estava na região do aterro e acionei a Polícia Ambiental e a Guarda Municipal de Itaquá. Estamos avaliando se os diretores da Pajoan desobedeceram as determinações do Poder Judiciário para preparar um pedido de prisão para eles e também para o motorista do caminhão que foi flagrado no sábado", explicou o advogado, que garantiu ter o apoio da OAB para impedir que o meio ambiente continue sendo prejudicado em Itaquá.


Outro lado
A reportagem procurou o empresário José Cardoso e o diretor do aterro, Alexandre Teixeira, para que eles explicassem as últimas ocorrências e sobre o possível pedido de prisão. Até o fechamento desta edição eles não se manifestaram.  Para a Imprensa da região, Teixeira disse que houve um problema na operação, no caso do vazamento do chorume. Ele informou que o líquido que vazou seria proveniente do lixo acumulado no aterro Pajoan e no antigo aterro Cipas - que funcionou até o fim do século passado em um terreno que fica ao lado da área explorada pela Pajoan.


Fonte:Mogi News