quinta-feira, 10 de maio de 2012

Lixão Parecer de engenheiros é aceito


Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Mogi apontou várias falhas no estudo ambiental da Queiroz Galvão
Noemia Alves
Da Reportagem Local
Oswaldo Birke

Pozzani: mais uma vitória
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) aceitou as argumentações apresentadas pela Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Mogi das Cruzes (Aeamc) no parecer técnico a respeito do Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima) do Projeto de Aterro Sanitário - Centre, o Lixão, que a construtora Queiroz Galvão pretende implantar no distrito do Taboão. 
No ofício de número 21/2012, o gerente da Cetesb, engenheiro Alfredo Rocca, informa ao presidente da Aeamc, Orlando Pozzani, que "os problemas levantados serão considerados e incluídos no processo de licenciamento ambiental", instaurado pela Queiroz Galvão e em trâmite na Secretaria de Estado do Meio Ambiente.


Elaborado após minucioso estudo do processo de licenciamento ambiental, no ano passado, o parecer da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Mogi aponta várias falhas no EIA-Rima elaborado pela empreiteira e também aponta questionamentos que precisam ser esclarecidos pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Cetesb. 
Entre as questões apresentadas num total de 18 páginas, estão: a possibilidade de contaminação do aquífero subterrâneo e em consequência do ribeirão Taboão, a poluição do ribeirão Parateí, a falta de informações sobre a destinação do chorume, a omissão de dados importantes sobre a estrutura do aterro e de testes sobre a segurança real do empreendimento, incluindo de geotecnia. 
Do ponto de vista sócio-econômico, o grupo de engenheiros cita a proliferação de aves (urubus) numa área que "serve de rota" de aviões, que saem ou seguem para os aeroportos da Região Metropolitana. "O aeroporto de Cumbica fica numa distância de pouco mais de 20 quilômetros do distrito do Taboão e, portanto, pode ser muito prejudicado com a presença de aves em sua rota e isso precisa sim ser levado em consideração", afirma Orlando Pozzani. 
Para ele, que recebeu o ofício anteontem, a decisão da Cetesb representa "uma vitória na guerra para colocar um fim em definitivo a este projeto da Queiroz Galvão, ao mesmo tempo em que a cidade, em parceria com a Sabesp, discute opções mais modernas de tratamento de resíduos, com baixo impacto ambiental, geração de energia e outros benefícios".


Fonte:Mogi News